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Itália não está pronta para lutar pelo penta no Brasil, diz Prandelli

Técnico da Azzurra exalta renovação da seleção, mas afirma que elenco ainda precisa se adaptar ao seu estilo

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

Em três anos à frente da Itália, Cesare Prandelli, 55, já fez muito mais do que se poderia imaginar de um técnico cujo único título foi o da Série B do Calcio.

Ele rejuvenesceu um time que parecia não ter peças para o futuro, derrubou um esquema baseado na retranca e foi vice da Euro-2012.

Apesar do rápido sucesso, o treinador ainda não vê a Azzurra capaz de brigar em 2014 pelo quinto título mundial.

Dar rodagem ao time é o objetivo da Itália na Copa das Confederações. A equipe chega hoje ao Brasil e estreia contra o México, dia 16.

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Folha - Em 2010 você pegou um grupo envelhecido e hoje tem um time cheio de jovens e é vice-campeão europeu. Acha que cumpriu o objetivo?

Prandelli - Estava convencido que tínhamos alguns pilares, como Buffon, Pirlo, De Rossi, Chiellini e Marchisio, e muitos jovens aparecendo para dar à Itália uma perspectiva interessante. Nosso resultado na Euro-2012 foi além das expectativas, mas não dá para dizer que já alcançamos nossas metas.

Quais foram os maiores desafios para rejuvenescer o time?

Revertemos o pessimismo em otimismo redefinindo o projeto das seleções jovens e colocando sob controle do diretor técnico Arrigo Sacchi. Três anos depois, as seleções sub-17 e sub-21 se classificaram às fases finais dos campeonatos europeus e temos vários jovens de destaque, como Balotelli, El-Shaarawy, Verratti, De Sciglio, Destro e Florenzi no time principal.

Você acha que a crise econômica dos clubes italianos ajudou, já que os times tiveram de usar mais jovens?

É lógico que a crise teve um papel importante, assim como a introdução do Fair-Play Financeiro. Mas prefiro pensar que a maioria dos clubes italianos profissionais percebeu que rejuvenescer suas equipes e investir em jovens é algo importante e natural.

Como a mistura racial, com Balotelli e El Shaarawy, tem ajudado no estilo de jogo?

A contribuição de todo mundo, com mudanças técnicas e mentais, é importante para melhorar nossa qualidade. Nossa missão é entender que jogadores podem ser úteis para o futebol que queremos jogar e ajudar o talento deles a crescer.

Negros e árabes são uma novidade na seleção. A torcida aceita bem isso? Racismo ainda é um problema?

Todo jogador que tenha passaporte italiano e elegibilidade dada pela Fifa tem o direito de sonhar em jogar pela seleção. Alemanha, França, Holanda e Suíça melhoraram significantemente graças a esse fenômeno. A maioria dos nossos torcedores está pronta para isso e é apaixonada por Balotelli e El Shaarawy. Infelizmente, ainda persiste o comportamento racista de uma minoria procurando por visibilidade.

A Itália está pronta para brigar pelo título da Copa-2014?

Ainda não. Sei que meu pragmatismo pode ser considerado assustador, mas ainda nem nos classificamos para a Copa. Ainda preciso definir como adaptar meu estilo de jogo aos jogadores.

E qual será o papel da Copa das Confederações no processo de maturação deste time?

É uma competição relevante pensando na Copa do Mundo e uma oportunidade imensa para ver o quão efetivas são nossas estratégias.

Jogadores talentosos como Balotelli têm as carreiras marcadas por problemas disciplinares. Como controlar isso?

Nunca tivemos nenhum problema com ele. Quando os papéis e as obrigações de jogadores e técnicos ficam claros, você só precisa estimular os jogadores a se sentirem responsáveis por suas ações e colocar o talento a serviço do time.


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