Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Unhas da discórdia

Estrela do Mundial, Isinbaieva condena colegas que usaram as cores do arco-íris contra lei anti-gay russa

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ielena Isinbaieva voltou ao estádio Luzhniki ontem para receber, em cerimônia repleta de lágrimas e euforia, seu terceiro ouro em Mundiais, o primeiro conquistado diante de seus compatriotas.

Mas o momento épico da principal atleta do salto com vara da história foi ofuscado por suas declarações logo após o pódio em Moscou.

Sem medir palavras, a russa defendeu a polêmica lei antigay aprovada recentemente em seu país e condenou a atitude de duas atletas suecas que competiram com as unhas pintadas com as cores do arco-íris em protesto.

"Temos nossa casa, e todos devem respeitá-la. Quando vamos a outros países, tentamos seguir suas regras. Nós vivemos assim: homens com mulheres e mulheres com homens. Nunca tivemos problemas na Rússia e não queremos ter no futuro", afirmou Isinbaieva, na entrevista coletiva concedida em inglês.

"O que elas fizeram é desrespeitoso com nosso país e com nossos cidadãos. Talvez sejamos diferentes dos europeus e de outras nacionalidades. Se deixarmos que essas coisas [homossexualidade] sejam promovidas nas ruas, tememos por nosso país porque nos consideramos normais, pessoas comuns."

Emma Green Tregaro, medalha de bronze no salto em altura no Mundial de 2005, e a velocista Moa Hjelmer, ambas suecas, provocaram as declarações de Isinbaieva.

Emma disse que pintou as unhas após receber a sugestão de uma amiga. E postou uma foto em uma rede social.

"A primeira coisa que fiz quando cheguei a Moscou foi abrir as cortinas do meu quarto e vi um arco-íris, o que foi um pouco irônico", afirmou ao jornal sueco "Expressen".

"Me pareceu algo simples de se fazer, mas que podia desencadear reflexões."

Isinbaieva afirmou ainda que espera que a polêmica não faça com que os atletas boicotem os Jogos de Inverno, que serão no balneário de Sochi, no próximo ano.

"Os atletas podem participar independentemente de raça ou orientação sexual. O que não queremos é que eles promovam suas relações nas ruas ou em outros lugares. Espero que todos participem, mas sem promover o problema por aqui", disse a russa.

Além das suecas, o americano Nick Symmonds também se manifestou ontem. Ele dedicou a prata nos 800 m para seus "amigos gays e lésbicas em casa". "Fico chocado como uma jovem viajada e bem-educada possa estar tão atrás de seu tempo."

NA TV
Mundial de atletismo
12h SporTV
6h (de amanhã) SporTV


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página