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No noticiário das classificações, 'Brazil' do samba reaparece
DE SÃO PAULONa Copa de 1950, os estrangeiros nada sabiam do Brasil. Ou quase nada. Era, no máximo, o país de samba, praias e belas mulheres. E se resumia a uma cidade, o Rio.
A julgar por parte considerável da repercussão da classificação de mais cinco seleções para a Copa de 2014, anteontem, pouco mudou.
Especialmente aos olhos de veículos de tom sensacionalista, somos ainda o país da ginga e da sensualidade.
O "Olé", diário esportivo argentino famoso pelo estilo jocoso de suas manchetes, destacou a classificação argentina com a frase: "Garotas, aqui vamos nós".
A mensagem é parecida com a do jornal holandês "De Telegraaf". Embora na manchete não exista menção aos estereótipos, a imagem que ilustra o país da Copa é a de uma passista vestidas com as cores da seleção holandesa.
Na Itália, o respeitado "Corriere dello Sport" comemorou a classificação do país destacando na manchete apenas duas palavras: "Samba Itália".
O também italiano "La Gazzetta dello Sport", por outro lado, destacou a conquista elogiando a atuação de Chiellini e Balotelli, autores dos gols da vitória sobre a República Tcheca. Nada de Carnaval e Copacabana.
PÃO DE AÇÚCAR
Também se destacam nas publicações estrangeiras as menções ao Rio. A cidade é muito lembrada, embora as seleções ainda não saibam em que cidades jogarão.
O jornal suíço "Blick" é um dos periódicos que destacaram a capital fluminense.
O país ficou bem perto da vaga com a vitória sobre a Noruega. Com otimismo, o jornal anunciou: "Já podemos ver o Pão de Açúcar!"
Além de mais contida no enfoque, a imprensa americana foi mais discreta na abordagem do assunto.
Poucos jornais destacaram em sua primeira página a classificação da seleção americana para o Mundial.
O "New York Times" publicou uma pequena chamada no rodapé de sua capa. O texto ficou logo abaixo da notícia sobre a possibilidade de mudança da data da Copa de 2022, no Qatar.