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Declínio no meio afeta ataque corintiano

SÉRIE A Se Cruzeiro tem maior número de gols no Nacional, time paulistano é um dos que menos finalizam

DO COLUNISTA DA FOLHA

O Corinthians é o time que mais desarma no Brasileirão, mas também o que mais sofre para fazer gols. Seu ataque marcou 20 vezes em 22 jogos (média de 0,9).

O time de Tite chuta só 11 vezes ao gol por partida, a segunda pior estatística de chutes do campeonato.

O problema se agrava na disputa do primeiro Brasileirão em sete anos em que os melhores ataques são soberanos na disputa pelo título.

O Cruzeiro, adversário de hoje, exibe o maior número de gols do campeonato e o segundo maior na história dos pontos corridos, considerando o período até a 22ª rodada.

O São Paulo de 2006 foi o último campeão brasileiro com o melhor ataque. O Corinthians comandado por Tite ficou com a taça em 2011 e teve a melhor defesa.

Números do Datafolha indicam que o Corinthians finaliza hoje 20% a menos do que na Libertadores de 2012 e o declínio tem a ver com o meio de campo. O setor de Ralf, Paulinho e Danilo contribuía com 46,8% das finalizações. Hoje, colabora com 27,5%.

A equipe dá mais passes do que na Libertadores. São, em média, 339 por jogo.

O Cruzeiro é a antítese. Tem o maior número de finalizações, 379 no Brasileiro, 17,2 por jogo. Dá seis chutes a gol a mais do que o time paulista por partida. É o sexto em desarmes certos, 22,9 por partida, enquanto o Corinthians é o líder nesse quesito. Mas liderar em desarmes no campeonato em que o ataque volta a ser essencial não basta.

Desde que começou a ser disputado por pontos corridos, em 2003, só duas vezes um dos 12 mais tradicionais clubes brasileiros chegou à 22ª rodada com menos de 20 gols, índice atual do Corinthians. O Flamengo, em 2004 e 2010, marcou só 18 vezes.

Há mais números alarmantes. A produção ofensiva diminui quando Pato está em campo, o que também acontece com Douglas, Danilo e Emerson. Entre os cinco principais atacantes, só Guerrero faz o índice subir 1,6%.

Nesse quesito, aliás, uma descoberta. Com Renato Augusto em campo, o Corinthians marca 9,7% mais gols do que quando não pode escalá-lo --o meia está ausente por lesão há um mês.

O ataque já não era qualidade corintiana no Brasileirão do ano passado. Na 22ª rodada, o time havia marcado 22 gols, dois a mais do que hoje. Era pouco.

Pior agora, num campeonato em que ter o melhor ataque voltou a ser fundamental.


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