Folha de S.Paulo

Tite reencontra o Grêmio em torneio que o projetou

DIEGO IWATA LIMA DE SÃO PAULO

Final da Copa do Brasil de 2001. Com um time muito aplicado taticamente, o técnico Tite levou o Grêmio ao título da competição. Bateu o Corinthians de Vanderlei Luxemburgo no Morumbi para ser campeão.

"Até então, ninguém sabia quem eu era. Só o pessoal do Sul", afirma o hoje comandante corintiano.

Agora, 12 anos e muitos títulos depois, o técnico volta a depender da Copa do Brasil para definir seu futuro.

Com a meta de conquistar uma vaga na Libertadores do próximo ano, ganhar a competição é o grande objetivo do Corinthians, em má campanha no Brasileiro. É também a maior chance do técnico de continuar no cargo. Para isso, precisa passar hoje, às 21h50, no Pacaembu, pelo Grêmio.

Foi com o título de uma Copa do Brasil que o Corinthians começou a escalada rumo ao Mundial conquistado no ano passado. Tite também se lembra bem daquela edição de 2009. Afinal, estava no banco de reservas do Internacional, time derrotado pelo Corinthians na ocasião.

"Aquele Corinthians tinha Ronaldo, Elias, André Santos e, acima de tudo, muita confiança", diz. "Quando o time está nesse grau [de confiança], fica muito difícil de ser batido", acrescenta.

E é justamente confiança que o técnico entende que o seu grupo precisa resgatar. "Temos de repetir o segundo tempo do jogo contra o Cruzeiro. Não fizemos o gol, mas críamos chances. Com um pouco mais de confiança, teríamos ganhado aquele jogo", acredita.

Para hoje, o técnico terá a volta do peruano Guerrero ao ataque. "Assim, ganhamos mais força para reter a bola na frente", acredita o técnico. Alexandre Pato permanece no banco de reservas. O companheiro de Guerrero será Emerson. Danilo e Douglas fazem a armação. Maldonado continua ao lado de Ralf.