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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

Insubstituível

Para Muricy, Rodrigo Caio é 'insubstituível'. Menos! Nos últimos quatro anos, insubstituível foi Muricy

Muricy Ramalho defendeu abertamente três jogadores do São Paulo nos últimos dias. Rogério como o goleiro, Ganso como o armador capaz de entrar na área e fazer gols. O terceiro elogio mereceu um adjetivo aplicado poucas vezes no Brasileirão e nenhuma a outro atleta são--paulino: "Rodrigo Caio é insubstituível!," disse Muricy.

Menos!

Rodrigo Caio tem capacidades raras para um jogador de defesa. É rápido, marca e passa bem. É o que fazem os jogadores modernos de defesa, na Europa. Veja como o Barcelona de Guardiola saía jogando. Marcado por pressão, recuava seus zagueiros até a linha da pequena área, próximos à lateral. Lá de trás, trocava passes curtos.

Rodrigo Caio sabe fazer isso, mas nem sempre faz. Como a maior parte dos times brasileiros, o São Paulo também se dá bem quando estica lançamentos longos.

Rafael Toloi jogou na mesma posição ocupada por Rodrigo Caio contra o Náutico --quarta-feira, Toloi foi lateral-direito, misto de terceiro beque. Aos 23 minutos do primeiro tempo, recebeu na zaga central e lançou Aloísio. Brincou de ser Gérson.

O chute seguinte foi o do gol da vitória.

Há quatro jogos, o São Paulo não sofre gol e isso tem a ver com a montagem defensiva de Muricy. De 2009, quando saiu, até hoje, o São Paulo só ganhou uma taça, a Sul-Americana. Nos últimos quatro anos, insubstituível foi Muricy.

Até Ganso, o melhor jogador dos últimos quatro jogos, ficou ausente contra o Corinthians e não representou derrota. O empate em 0 a 0 ajuda agora a ficar longe do descenso.

Lembre-se de que há três meses, no início da gestão Paulo Autuori, havia na diretoria quem dissesse que o problema do São Paulo concentrava-se nos quatro maiores nomes do time: Lúcio foi afastado, Luis Fabiano está machucado, Rogério e Ganso têm atuado bem.

A reação e a segunda melhor campanha do segundo turno têm a ver com a formação defensiva. Ela protege Rogério Ceni. Tem a ver com Ganso. O armador ganhou confiança com Muricy, com quem conviveu por dois anos no Santos. Importante dizer que a melhor fase da carreira de Ganso foi sob o comando de Dorival Júnior. Mas confiar no treinador faz diferença e Ganso confia em Muricy. Responde em campo.

O São Paulo tem um sistema híbrido. Quando defende, Paulo Miranda é terceiro zagueiro. Quando ataca, é lateral.

Ganso arma o time, protegido por uma linha de quatro armadores, os dois alas e os volantes Wellington e Maicon. Ontem, não brilhou. Jogou bem.

Firme foi a defesa, imbatível apesar de enfrentar o Bahia com nove contra onze. O São Paulo não vencia na Fonte Nova desde 1971.

Ficar mais longe do rebaixamento permite até sonhar em tentar ganhar a Copa Sul-Americana. Esse é o próximo passo.

FALSO NOVE

Montillo foi centroavante contra o Náutico, sábado. Ou quase. Jogou à frente de uma linha de três armadores, sem precisar marcar. Everton Costa seguia o lateral pela direita, Thiago Ribeiro pela esquerda. Montillo criava. Menos pela atuação de Montillo e mais pela fragilidade do Náutico, deu certo.

MELHOROU

O Criciúma tem razão de reclamar da arbitragem, ainda mais quando Lins pôs no fundo da rede e o bandeira marcou impedimento. Mas houve evolução do Corinthians. Basta dizer que a média de finalizações corintianas é de 11 por jogo. Sábado, só no primeiro tempo, finalizou 13. Após o gol, uma.


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