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Tostão

Os técnicos trocam demais

Por inúmeros motivos e por automatismo, os treinadores mudam muito os jogadores durante as partidas

Uma das grandes mudanças no futebol, ao longo do tempo, é a constante troca de jogadores feitas pelos treinadores, durante e entre as partidas. Raramente, uma equipe inicia e termina o jogo com os mesmos atletas e, dificilmente, mantém a formação inicial em três partidas seguidas.

As equipes possuem hoje elencos maiores e melhores. Isso é ótimo. Os técnicos mudam muito por causa das expulsões e contusões, do nível técnico parecido de titulares e reservas, da tentativa de manter ou reverter um resultado, por automatismo (quase sempre aos 15 minutos do segundo tempo) e para poupar os atletas, já que atuam no limite entre o esplendor físico e a exaustão.

Mesmo com tantas justificativas, penso que os técnicos trocam e poupam demais os jogadores. Acertam e erram. Às vezes, fazem tudo errado, e dá certo, por inúmeros outros motivos. Aí, são chamados de gênios, estrategistas e de responsáveis pela vitória. Outras vezes, fazem certo, e dá tudo errado. São chamados de burros.

Com frequência, um time está perdendo, mas jogando bem e criando chances de gol, que pode sair a qualquer momento. Aí, por desconhecimento ou por obrigação de trocar ou por pressão da torcida, os treinadores mudam o time e perdem a chance de virar o jogo.

Os técnicos têm muitas dúvidas se substituem um excepcional jogador que não está atuando bem. Para colocar um outro muito inferior, não vale a pena mudar.

Nesse domingo, no empate entre Levante e Barcelona, por 1 a 1, Tata Martino trocou Xavi e Fábregas, dois craques, que não brilhavam, mas que não jogavam mal. Entraram dois jovens, o centroavante Dongou e o armador Sergio Roberto, que ainda não têm condições de atuar na equipe, muito menos de mudar um resultado.

O Barcelona possui o pior elenco entre as melhores equipes do mundo. O goleiro Pinto, o zagueiro Batra, o lateral-direito Montoya (no domingo, mais uma vez, jogou muito mal), além de Sergio Roberto, Dongou e outros, são muito inferiores aos titulares. Quando o time está completo, o que é raro, os únicos reservas à altura dos titulares são Fábregas e Pedro ou Sánchez (os dois se revezam).

Uma das maiores qualidades do Cruzeiro, no ano passado, foi ter um ótimo elenco, para o nível dos times brasileiros, além de um técnico, Marcelo Oliveira, que substituiu muito bem e que não trocou demais. Alguns treinadores ficam perdidos, sem saber quem escalar, quando têm muitos reservas do mesmo nível.

Com frequência, as mudanças feitas pelos técnicos, durante as partidas, são programadas, independentemente da história do jogo. Planejar é ótimo, mas ficar só nisso é limitar o talento e o conhecimento. Uma das qualidades de Felipão é saber intuir e observar o que ocorre durante um jogo, que é diferente de todos os outros.


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