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Paulo Vinícius Coelho

A capital da bola

O Cruzeiro é campeão brasileiro, o Atlético, da Libertadores, e BH virou a cidade mais boleira do país

O campeão brasileiro volta a campo hoje, 50 dias depois de seu último jogo de 2013. A estreia no Campeonato Mineiro não vale como pré-temporada. Mas quase, porque importa mesmo ao Cruzeiro a abertura da Libertadores, no dia 12 de fevereiro, contra o Garcilaso, no Peru.

O Atlético começa sua participação no estadual na quarta contra o Minas Boca. Jogará depois de 53 dias e também se preparando para o torneio continental, sua prioridade.

Entre a última partida da temporada 2013/14 e a primeira da atual, o Barcelona levou 54 dias. Mas o recomeço se deu com um amistoso contra o Bayern --derrota por 2 x 0, jogo de pré-temporada mesmo.

Houve mais 25 dias até a estreia em competições.

O futebol mineiro não é um exemplo. Neste ano, há uma semana a menos de preparação do que houve em 2013. Nem Cruzeiro nem Atlético fazem questão de ganhar o estadual, mas há vantagens em morar em Belo Horizonte.

É uma hipótese que o sucesso mineiro de 2013 tenha a ver com o descanso maior proporcionado pela tabela estadual. "Ano passado, houve um mês de treinos e esse é o tempo ideal", diz Marcelo Oliveira, técnico do Cruzeiro.

"Mas aproveitamos também os 20 dias atuais", ele afirma.

Em contraste com as maratonas paulista e carioca, o Campeonato Mineiro é uma corrida de cem metros.

O Cruzeiro é campeão brasileiro, o Atlético, da Libertadores, e a capital de Minas Gerais virou a cidade mais boleira do Brasil. As estatísticas do Projeto por um Futebol Melhor indicam isso. Os gaúchos têm as maiores carteiras de sócios-torcedores, mas Cruzeiro, Atlético e Flamengo registraram os maiores crescimentos no ano passado.

O Cruzeiro saltou de 9.000 para 50 mil e está em quinto lugar. O Atlético é só o oitavo colocado em número de sócios, mas pulou de 5.000 para 26 mil. O Projeto por um Futebol Melhor dá descontos em supermercados para sócio-torcedor. Dos R$ 15 milhões de descontos de 2013, os cruzeirenses acumularam 40%. Também foi do Cruzeiro a melhor média de público do Brasileirão, com 28 mil pagantes.

Os clubes de Minas conseguiram construir um ciclo virtuoso. O descanso e o tempo para treinar ajudaram a vencer, as vitórias cativaram a torcida e encheram os estádios. Isso tudo ajuda a melhorar a situação financeira.

Se Minas vai manter o ciclo, é impossível ter certeza. Mas Cruzeiro e Atlético mantiveram a base de seus times, com um único desfalque importante: Cuca. O ex-técnico do Galo foi para a China.

"Quem manteve o elenco do ano passado leva alguma vantagem", admite o técnico do Cruzeiro, Marcelo Oliveira.

Entre os brasileiros, não há neste momento candidatos mais fortes a ganhar a Libertadores do que Cruzeiro e Atlético.


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