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Tensão no ar
Corinthians quebra série de derrotas, mas empate com Mogi Mirim não é suficiente para afastar a crise
O Corinthians encerrou a série de quatro derrotas seguidas, mas não venceu e muito menos convenceu.
A crise seria acentuada com uma derrota, mas continua viva, muito viva.
O empate por 1 a 1 contra o Mogi Mirim, ontem, no interior paulista, manteve o time na lanterna do Grupo B do Campeonato Paulista, agora com sete pontos.
A atuação, ruim no primeiro tempo, melhor no segundo, teve apoio das organizadas durante o jogo, mas protesto no intervalo e ao final.
"Estancamos a série de derrotas consecutivas, mas ficamos pela metade. Precisamos vencer", disse o técnico Mano Menezes.
No domingo, o rival será o Palmeiras, provavelmente com a estreia de Jadson e o retorno de Renato Augusto.
Ontem, Emerson foi uma das apostas de Mano para o lugar de Guerrero. Mas errou quem pensou que o camisa 11 seria o centroavante.
O técnico pediu para Romarinho ficar mais adiantado. Com Zé Paulo e Ramírez no meio, também novidades, o Corinthians não criava.
Mirita, zagueiro do Mogi, definiu o placar no primeiro tempo, marcando a favor, de cabeça, aos 37 min, e depois empatando, contra, seis minutos mais tarde --ele ainda seria expulso no final.
Mano mudou no segundo tempo. Danilo no lugar de Zé Paulo, Guerrero no de Ramírez e lá se foram embora as apostas do treinador. O time melhorou. Teve mais a posse de bola, mas finalizou pouco.
TORCIDA E POLÍTICA
O fim da série de derrotas não amenizou os protestos.
Durante o primeiro tempo, os organizados embalaram a cantoria dos torcedores comuns. Não houve o silêncio que tentou se impor no Pacaembu, na quarta passada, na derrota para o Bragantino.
A cantoria se transformou em protesto no intervalo e escancarou que estão contra o presidente Mário Gobbi.
"Ô Mário Gobbi, vai se f..., o meu Corinthians não precisa de você", gritaram.
O racha entre Gobbi, atual presidente, e o ex Andrés Sanchez, que sempre teve bom relacionamento com as organizadas, é visto dentro do clube como a principal razão das críticas ao time, segundo apurou a Folha.
A relação de Gobbi e Sanchez azedou de vez quando Gobbi apoiou a reeleição de Marco Polo Del Nero à presidência da Federação Paulista de Futebol (FPF), duas semanas atrás. Del Nero é desafeto de Sanchez.