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Com Paulo André na China, Bom Senso tenta sobreviver

FUTEBOL
De saída do Corinthians, idealizador planeja futuro do movimento

BERNARDO ITRI DO PAINEL FC MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

O Bom Senso F.C. vai tentar se manter ativo sem seu idealizador e principal líder.

Paulo André confirmou ontem que deixa o Corinthians para jogar na China, no Shanghai Shenhua. Ele afirmou que aceitou a mudança "pelo projeto e pelo contrato".

Aos 30 anos e com problemas no joelho, este pode ser o último acordo financeiramente vantajoso para o atleta, que fatalmente deixaria o Corinthians em 2015, ano que ficaria sem contrato.

A pergunta que fica é se o movimento formado por mais de mil jogadores, que marcou o futebol brasileiro em 2013 com protestos nunca vistos nos gramados, continuará a incomodar a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sem o principal articulador.

As reivindicações são melhores condições de trabalho e mudanças no calendário.

"O Bom Senso continua da mesma forma, com os integrantes tocando. Estarei presente via redes sociais ajudando, colaborando, dando ideias. O movimento está estruturado com não atletas e atletas que participam das principais decisões", disse ontem Paulo André.

Há pelo menos dois meses, o zagueiro começou a elaborar um plano para estruturar o Bom Senso, para que caminhe com pernas próprias, ou seja, sem ele no Brasil.

Ele também deixou prontas as propostas de um novo calendário, com estaduais mais curtos e jogos para todas as equipes profissionais o ano todo, e de fair play financeiro, para evitar que os clubes atrasem salários.

EMPRESA

O mais importante, porém, foi profissionalizar o Bom Senso. Pessoas que já trabalhavam informalmente para o grupo, como advogado e assessor de imprensa, passaram a ser remunerados.

Pelo menos cinco profissionais passaram a receber salários, inicialmente pagos somente por Paulo André, por meio do IPA, o instituto que o jogador preside e que realiza atividades socioculturais com crianças.

Paulo André avisou a outros jogadores da liderança do Bom Senso, como Dida, do Inter-RS, e Fernando Prass, do Palmeiras, que pagaria esses profissionais por três meses. Depois o movimento teria que se autossustentar.

Por enquanto, porém, a única forma de pagar esses profissionais é com dinheiro dos atletas que fazem parte do movimento.

No início do projeto, era feita uma "vaquinha" entre os líderes para pagar a passagem dos auxiliares que precisassem se deslocar para uma reunião no Rio com a CBF, por exemplo.

"Já temos estrutura montada", disse o advogado João Chiminazzo, um dos profissionais que agora é remunerado pelo Bom Senso.

Para outros líderes, o movimento continua.


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