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A pedido da PM, federação deixa de suspender torcidas

VIOLÊNCIA
Estratégia pretende facilitar identificação de uniformizados

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

A morte do santista Márcio Barreto de Toledo, 34, não deve afastar nenhuma torcida organizada dos estádios no Estado de São Paulo mesmo que se prove a participação de algum integrante de facções no crime.

Por orientação da PM, a FPF (Federação Paulista de Futebol) decidiu acabar no segundo semestre de 2013 com as suspensões que aplicava aos grupos organizados depois de cada incidente.

A estratégia visa facilitar a identificação dos integrantes das facções. A PM alega que, sem camisas e acessórios, proibidos durante a suspensão, os uniformizados se misturam a torcedores comuns e, assim, agem impunemente.

"A PM prefere que a gente não suspenda as organizadas. Eles disseram que, quando punimos a torcida, torna difícil separar os membros dos grupos dos torcedores comuns e fica uma oportunidade para que eles aprontem sem serem identificados", afirmou o chefe de segurança da FPF, Marcos Marinho.

As suspensões, comuns nos últimos anos, não impediam que seus integrantes frequentassem os estádios. Vetavam apenas que os membros entrassem nas arenas com camisetas, bonés e faixas do grupo. A punição era exclusiva à torcida, como entidade.

Os torcedores continuavam nos estádios, ocupando os mesmos espaços e até entoando os mesmos cantos.

Segundo Marinho, a última uniformizada proibida no Estado foi a Independente, do São Paulo, suspensa por uma semana em agosto de 2013.

Desde então, todas as punições foram exclusivas a pessoas físicas, que passaram a integrar a lista de torcedores proibidos de ir às arenas.

Após a orientação da PM, a FPF só suspendeu organizadas quando teve de cumprir pedidos do Ministério Público

Sobre a morte do torcedor, que vestia camisa da Torcida Jovem, do Santos, Marinho disse que é cedo para pensar em punição.

"Não posso fazer nada baseado apenas no que estão falando. Vou aguardar uma posição melhor da polícia para tomar uma medida. Temos que prender e punir, se não não adianta nada. São gangues."


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