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Fábio Seixas

Sobrevivência

Na Malásia, equipes devem enfrentar GP mais complicado de toda esta temporada

Dos 22 carros que largaram na Austrália, 15 cruzaram a linha de chegada. Desses 7 abandonos, 5 foram causados por problemas na unidade de potência --o conjunto do motor com os sistemas de recuperação de energia.

Foi melhor do que a F-1 esperava. Muito melhor. Havia quem acreditasse e declarasse que nenhum carro sobreviveria.

Seria inédito encerrar um GP por falta de carros. Algo que dificilmente acontecerá um dia. Mas este final de semana na Malásia será dos mais complicados da história da categoria.

A escaldante Sepang sempre foi massacrante para os motores aspirados. A má notícia é que essas condições são ainda mais críticas para os turbo.

Neste sistema, a entrada de ar é controlada por uma válvula o tempo todo. A umidade, que ajudava os aspirados, não fará diferença nenhuma agora. Duas vezes por volta, nas duas longas retas, os motores estarão "flat out" por longos 10 segundos.

A Renault criou uma tabela com seis itens de sua unidade de potência e atribui notas gradativas de 1 a 5 para a exigência a que cada um é submetido. Nota 5 significa situação crítica.

Há uma nota 5 (consumo de combustível), três 4 (motor, recuperação total de energia e MGU-H, o gerador de energia a partir da temperatura dos gases do escape) e duas notas 3 (baterias e MGU-K, o antigo Kers.)

Provavelmente, nenhum outro GP desta temporada será precedido por tabela tão pessimista.

Num ano, lembremos, em que o limite de motores à disposição de cada piloto foi reduzido de 8 para 5. A punição, a partir do sexto motor, é largar dos boxes. E esta será apenas a segunda de 19 etapas.

Não fossem tantos os botões no volante, haveria piloto com os dedos cruzados pelas 56 voltas de domingo.

NITROGLICERINA

Destaque da pré-temporada, vencedora com folga do primeiro GP do ano, a Mercedes terá um desafio a partir da Malásia. Controlar o ímpeto de sua dupla de pilotos.

Em 2013, lá mesmo, em Sepang, a equipe mandou Rosberg ficar atrás de Hamilton. Então recém-chegado à equipe, o alemão obedeceu. Acompanhou o inglês por 18 voltas, de maneira comportada, sem tentar nenhuma gracinha, sem incomodar.

Hoje, o cenário é bastante diferente. Rosberg ganhou estatura e respeito na última temporada e chega à Malásia como líder do campeonato.

Por outro lado, sabemos, Hamilton tem um temperamento complicado. E está pressionado.

Parece improvável que retribua o favor caso um eventual pedido venha pelo rádio.

"Somos muito competitivos. E isso fica mais complicado à medida em que nossos carros se destacam", disse Rosberg.

Se algo pode abalar a Mercedes é a disputa interna.

fseixasf1@gmail.com


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