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Museu Pelé terá de moeda a taça da Copa

MEMÓRIA Com previsão de abertura em 7 de junho, em Santos, complexo com três blocos contará trajetória do Rei

Antes de se sagrar tricampeão da Copa do Mundo e ser eleito o atleta do século 20, antes mesmo de chegar ao time do Santos, Pelé era só um engraxate em Bauru, no interior de São Paulo.

Seu primeiro pagamento foi uma moeda de 400 réis. O valor, equivalente hoje a 50 centavos, foi obtido em 1950, quando tinha apenas dez anos. Naquela época, o futebol era só uma brincadeira.

A moeda e a caixa de engraxate podem parecer irrelevantes na carreira de Pelé, mas, a partir de junho, vão dividir espaço com relíquias, como uma réplica da taça Jules Rimet, entregue a ele pela Fifa em 1970, e a camisa da primeira Copa que disputou, em 1958.

Os objetos fazem parte do Museu Pelé, que está em fase de conclusão e será inaugurado em 7 de junho, no centro de Santos, cinco dias antes da abertura da Copa.

Com início em 2010, as obras tiveram um orçamento de R$ 46 milhões, captado via renúncia fiscal.

O museu terá mais de 2.500 peças e ocupará os três blocos do casarão do Valongo, no largo Marquês de Monte Alegre.

Nenhum outro jogador brasileiro possui espaço exclusivo tão amplo no país.

"O museu significa perpetuar a minha história dentro e fora do esporte. É um registro e um exemplo de um brasileiro que ficará para as próximas gerações", disse Pelé em entrevista à Folha.

O rádio de pilha do pai, João Ramos do Nascimento, o Dondinho, e a bola de meia usada nas primeiras peladas também ficarão expostos.

Até um cofrinho de madeira dos anos 40 estará lá.

RAÍZES

A presença dos objetos pessoais foi, segundo Pelé, a sua única exigência. Mais do que contar os 1.281 gols que marcou e os inúmeros títulos e feitos, ele pretende preservar as raízes da família.

"A moeda foi fundamental na minha vida por ter sido o primeiro dinheiro que ganhei para ajudar a minha família", disse Pelé.

A tal moeda foi guardada pela mãe dele, Celeste, assim como a caixa de engraxate. Ela só devolveu ao filho quando ele já estava famoso, o que ajuda a explicar o valor que o objeto acabou adquirindo para o ex-jogador.

Outras atrações são uma área interativa onde será possível simular a cobrança do milésimo gol e um auditório para 90 pessoas.

Haverá ainda um espaço para exposições temporárias --na abertura, serão fotos do craque feitas por José Dias Herrera, morto em 2010.

Outra mostra temporária será será "Quatro Copas e um Rei", com foco nas edições que Pelé disputou.

Segundo José Eduardo Moura, coordenador da Ama Brasil, organização responsável pela gestão do Museu Pelé, a instituição estará voltada principalmente para as visitas de famílias, mas poderá também receber pesquisadores em busca de informações mais específicas sobre o maior jogador da história do futebol.


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