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Prancheta do PVC

Economia porca

O sinal externo é de que o Palmeiras deixa aos poucos de se equiparar a Santos, São Paulo e Corinthians

PAULO VINÍCIUS COELHO

A diferença do Palmeiras com Alan Kardec ou sem o centroavante ficou mais evidente na derrota de sábado. Com o centroavante, o time jogou mal, mas foi salvo por gol seu, em Criciúma. Em casa, perdeu do Fluminense, bem melhor durante toda a partida.

Pode parecer justificativa barata de Gilson Kleina o argumento de que a indefinição influenciou na derrota. Mas pense nos jogadores de um time que vem da Série B, evolui aos poucos e tem sua única opção de ataque anunciando a saída para um rival histórico.

Desânimo!

O sinal externo é de que o Palmeiras deixa aos poucos de se equiparar a Santos, São Paulo e Corinthians. Na cadeia alimentar do futebol, é capaz de tirar o centroavante da Portuguesa, Henrique, mas incapaz de evitar que Alan Kardec vá para o Morumbi.

Meses atrás, Felipão se encontrou com Gilson Kleina e lhe perguntou como era exatamente o papel tático de Kardec, quando saía da área. Ouviu que, às vezes, Valdivia se tornava o centroavante e Alan fazia o papel de ponta-de-lança ou até ponta-direita, marcando laterais. Felipão respondeu: "Posso descansar o Neymar!"

O diálogo não se refletiu em convocação, mas destaca a importância tática do centroavante. O time inteiro ganha com sua capacidade de entender o jogo e exercer diferentes funções. Até Valdivia. E na hora de decidir, quem resolvia era Alan Kardec, não o meia chileno.

A diferença do Palmeiras com seu centroavante e sem ele pode ser a de uma equipe que brigue no Brasileirão acima do décimo lugar e, eventualmente, aproxime-se de zona de classificação para a Libertadores. Ou de um time que outra vez brigue para não ser rebaixado. Com Kardec, o time empatava com o Ituano na semifinal do Paulista. Depois de sua lesão, perdeu de 1x0.

É justa a lembrança de que a crise econômica passa pelas trapalhadas da gestão anterior, de Arnaldo Tirone. Também vale ressaltar o interesse do empresário Marcos Casseb em levar Kardec ao São Paulo, o que dificultou o acesso da diretoria palmeirense ao atacante. Só que desde o ano passado havia o alerta das pedras no caminho para implantar a política de bônus salariais num time que paga R$ 700 mil a Valdivia.

Kardec poderia aceitar R$ 210 mil e alcançar os R$ 350 mil oferecidos no Morumbi se apostasse na sequência do trabalho para fazer o Palmeiras campeão. Mas por que deveria receber metade de Valdivia, se este cumpre o contrato assinado em 2010 e não precisa ser campeão para arrecadar mais?

Ao deixar Alan Kardec escapar, o clube também sinaliza que é remota a chance de outros atletas ganharem bônus por resultados, porque o clube tem limites para manter um time capaz de se tornar campeão em curto prazo.

A economia de palitos de fósforo pode provocar um incêndio.

MECÂNICO DE AVIÃO

Não é fácil consertar um time no meio do ano. Cristóvão consertou. Incrível como o Fluminense agora sabe o que faz, com movimentação constante de Conca e Sóbis. Perto de perder Sóbis para o Corinthians, o técnico deu o sinal de que contava com ele. O Flu poderia estar na Série B. Está na ponta do Brasileirão.

IMPREVISÍVEL

O Cruzeiro mostrava ter o melhor elenco. Ganhou o primeiro jogo com os reservas, estava ganhando o segundo com os titulares, até que... Gol de Antônio Carlos, o sexto no ano. O campeão brasileiro pecou por entregar a bola ao São Paulo. Mas é o time mais forte do Brasileirão imprevisível, em teoria.


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