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Caso Qatar leva Europa a cobrar saída de Blatter
Uefa culpa suíço por imagem negativa da Fifa ante suspeita de corrupção envolvendo a Copa de 2022
A Copa terá seu pontapé inicial nesta quinta (12) com a Fifa rachada. A declaração de guerra contra o presidente Joseph Blatter, 78, foi dada na manhã de terça, pela Uefa.
Após o congresso da entidade, seus dirigentes atacaram o suíço. "Chegou a hora de Blatter sair", afirmou o sueco Lennart Johansson, ex-chefe da Uefa e tradicional opositor à administração da Fifa.
Blatter fez o discurso de abertura do encontro. Não foi aclamado. Pelo contrário.
O mandatário da federação holandesa, Michael van Praag, levantou-se durante a reunião, contestou Blatter e o responsabilizou pela reputação negativa da Fifa.
São dois os maiores motivos de revolta contra o suíço.
O primeiro é o escândalo da suposta compra de votos na eleição que deu ao Qatar o direito de fazer a Copa-2022.
Os dirigentes reclamam que Blatter não tem sido suficientemente enérgico na investigação do caso.
O segundo motivo é a sucessão na Fifa. No comando da entidade desde 1998, o suíço rompeu acordo de cavalheiros selado com Michel Platini, mandatário da Uefa, e decidiu concorrer em 2015 ao quinto mandato.
O ex-jogador francês cogita nem lançar candidatura ante o favoritismo de Blatter. Jérôme Champagne, que não é ligado a nenhum dos grupos, é o único candidato de oposição.
A Uefa tem um projeto para limitar a idade dos candidatos à presidência --querem que maiores de 72 anos sejam proibidos de participar do páreo.
FORRÓ
A reforma será votada nesta quarta (11), durante o congresso da Fifa, reunião anual com as 209 associações filiadas à entidade. É o mesmo colégio eleitoral que votará para presidente em 2015.
Por isso, o evento se tornou palanque para Blatter. E até Fernanda Lima entrou na campanha. Ela apresentou o dirigente na cerimônia de abertura como o "homem que guiou a Fifa com sucesso desde 1998". Os dois até ensaiaram passos de forró --separados.