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Invasão latina frustra planos de prostitutas no Rio

LUCAS VETTORAZZO DO RIO

A Copa fez crescer entre as prostitutas de Copacabana a expectativa de faturar alto. Ledo engano. Não contavam que a invasão de latino-americanos e preço dos motéis atrapalhariam seus planos.

A queixa delas é que chilenos, argentinos, uruguaios e colombianos, maioria no bairro, relutam em pagar de R$ 130 a R$ 300 por uma hora de sexo, além do aluguel de um quarto no prostíbulo (R$ 100, em média) ou no motel (R$ 150 por seis horas).

As prostitutas até subiram o preço do programa na esperança de "invasão" de europeus ou americanos, mas voltaram ao "valor antigo".

Mesmo assim, clubes ficam lotados. Na segunda (16), homens se amontoavam na porta do Barbarella, tradicional reduto da prostituição do bairro. Pagariam R$ 70 por pessoa com direito a dois drinks. O mesmo acontecia em locais como Cicciolina, Casablanca e Kalabria.

Natural de Manaus, Lia, 27, queixava-se dos latinos. "Só querem apertar, dançar e ir embora. Não têm plata' nem para pagar um drink."

Algumas sonham se casar com um europeu. "É nesse tipo de programa que temos a chance de fazer o cara se apaixonar", disse Carla, 33.


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