Folha de S.Paulo

Zebras, Costa Rica e Grécia duelam no Recife

DANIEL CARVALHO DE SÃO LOURENÇO DA MATA (PE)

Uma chegou às oitavas pela última --e única-- vez em 1990. A outra jamais saiu da fase de grupos. Costa Rica e Grécia, neste domingo (29), na Arena Pernambuco, não deve ser o jogo mais emocionante do dia.

Mas é desta partida, a primeira entre as duas seleções, que sairá o adversário de México ou Holanda, que se enfrentam às 13h, em Fortaleza.

Grande zebra desta Copa, a Costa Rica, terminou a primeira fase invicta, com apenas um gol tomado e como líder do grupo D, o chamado "grupo da morte", à frente do Uruguai, Itália e Inglaterra.

Em sua quarta Copa, os ticos (apelido dos costa-riquenhos) venceram Uruguai (3 a 1) e Itália (1 a 0) e empataram em 0 a 0 com a Inglaterra.

Favoritos no jogo de hoje, os costa-riquenhos procuram não menosprezar os gregos. "Não acho que somos favoritos. Vamos enfrentar uma grande seleção", disse o meia Michael Barrantes.

O técnico Jorge Luis Pinto disse que deve mudar o time que empatou com a Inglaterra, mas não adiantou que alterações pretende fazer.

Já a Grécia, que só havia participado das Copas de 1994 e 2010, não fez uma campanha tão incrível.

Com quatro pontos e apenas dois gols marcados, ficou atrás da Colômbia, mas eliminou Costa do Marfim e Japão.

Chega às oitavas de final com uma derrota, um empate e uma vitória --perdeu de 3 a 0 da Colômbia, empatou em 0 a 0 com o Japão, mas venceu a Costa do Marfim por 2 a 1, com um gol de pênalti no último minuto de jogo.

O jogo acontece um dia antes do vencimento do contrato do português Fernando Santos, técnico da Grécia, que deve deixar o comando da seleção após o Mundial.

"Temos que criar oportunidades, mas prestar atenção no contra-ataque da Costa Rica também", afirmou Santos, que ainda não está seguro de que poderá contar com o goleiro Karnezis, lesionado.