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Suor e lágrimas

Classificação sofrida diante do Chile, em Belo Horizonte, trouxe à tona o desgaste emocional da seleção brasileira

BERNARDO ITRI ENVIADOS ESPECIAIS A TERESÓPOLIS MARCEL RIZZO SÉRGIO RANGEL RAFAEL REIS ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A dramática classificação da seleção no sábado (28), no Mineirão, expôs o desgaste emocional da equipe.

Antes e durante a vitória, nos pênaltis, contra o Chile, vários jogadores e integrantes da comissão técnica choraram em pleno gramado do estádio de Belo Horizonte.

As imagens surpreenderam. Mesmo assim, o volante Fernandinho disse que o time não precisa realizar "um trabalho emocional" na reta final da Copa do Mundo.

Na sexta (4), a equipe de Luiz Felipe Scolari enfrentará a Colômbia, em Fortaleza, pelas quartas de final.

"Estamos nos preparando desde 26 de maio. Tivemos uma boa conversa com os psicólogos. Todo o mundo está bem preparado. Não é mais hora de trabalhar a parte emocional", disse o jogador do Manchester City, na volta aos treinos nesta segunda.

"O time é experiente e todo o mundo sabe o que tem que fazer. O que importa é mostrar dentro de campo."

Antes dos pênaltis, o goleiro Júlio César chorou compulsivamente no gramado. Depois pegou duas cobranças.

Já Thiago Silva, que também chorou no campo, recusou-se a participar da primeira rodada de cobranças por se sentir inseguro. Felipão e Neymar comemoram a vitória indo às lágrimas.

Em jogos anteriores, Neymar e Thiago Silva também choraram durante o hino.

Fernandinho tentou minimizar os episódios. "Não adianta dar ênfase para isso. Temos que pensar no jogo", afirmou o volante, que vai atuar mais recuado na partida no Castelão.

Fernandinho, que vai substituir o suspenso Luiz Gustavo, disse que os jogadores estão resolvendo no vestiário os problemas emocionais.

"A conversa foi muito boa. Todos são experientes e cascudos. Conversamos sobre isso no vestiário para mudar a situação dentro do campo."

O volante admitiu a pressão dos torcedores, mas contou que o time manteve a concentração no jogo de sábado.

"A gente sabe disso. Nós, como seres humanos, podemos sentir emoções, por mais que seja um momento crítico. Mesmo assim, mantivemos a concentração numa hora decisiva, na hora dos pênaltis. Talvez a pessoa que mais tenha se concentrado tenha sido o Júlio César. Antes das cobranças, ele transmitiu confiança aos jogadores."

CHORO ESTRANHO

Protagonista de uma das maiores falhas de um goleiro brasileiro em Copas do Mundo, Waldir Peres disse que o choro dos jogadores durante o hino "é estranho".

"O emocional dos jogadores tem que estar normal. Sentir o hino é normal, mas partir para choro é estranho", disse o titular na Copa de 82. Ele falhou no primeiro jogo.

"Tem certas coisas que só quem convive lá no dia a dia tem condição de falar. O psicológico não devia nem ser comentado, uma vez que 99% da seleção é de jogadores de repercussão internacional. Eles estão cansados de jogar decisões muito mais difíceis do que isso que está acontecendo", disse o ex-goleiro Emerson Leão, que disputou quatro Copas.


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