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Alemanha evita tropeço contra Argélia com gols na prorrogação

Equipe africana vende caro a derrota e deixa Beira-Rio aclamada pela torcida; alemães vão reeditar na sexta-feira clássico europeu contra franceses

FABIO VICTOR ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE

Aos trancos, como no bisonho tropeção de Müller numa jogada ensaiada ao final do segundo tempo, a Alemanha avançou às quartas de final, ao vencer a Argélia por 2 a 1 na prorrogação, nesta segunda (30), em Porto Alegre.

A zebra rondou o Beira-Rio. Os alemães dominaram a posse de bola (70% a 30%), mas fizeram um péssimo primeiro tempo. Com jogadores habilidosos e contra-ataques rápidos, os africanos venderam caro a derrota e caíram de pé.

Os três gols saíram na prorrogação. Schürrle e Özil marcaram para a Alemanha, e Djabou descontou.

Os destaques foram os goleiros. Do lado argelino, Mbolhi evitou um placar mais elástico e foi eleito pela Fifa o melhor do jogo.

Na Alemanha, pela primeira vez nesta Copa, Neuer mostrou sua habitual habilidade com os pés, atuando quase como um líbero, dando passes precisos e, quando preciso, até defendendo com as mãos. "Não fiz nada diferente do que faço no Bayern [de Munique] e mesmo na seleção", disse.

Foi a primeira vitória alemã sobre a Argélia, que ganhara os dois jogos anteriores entre os dois times.

Na próxima sexta, às 13h, no Maracanã, a Alemanha enfrentará a França, que eliminou a Nigéria, na reedição de um dos mais tradicionais clássicos do futebol europeu.

Em Mundiais, já houve três confrontos, entre eles um dos maiores jogos da história das Copas, uma semifinal em 1982 vencida pela Alemanha nos pênaltis --o tempo normal terminou 1 a 1, e a prorrogação, 3 a 3. Nos outros dois, uma vitória para cada lado.

CHOQUE TÉRMICO

Os termômetros em Porto Alegre marcavam 15ºC na hora do jogo, amplificados pelo vento frio. O choque térmico enfrentado pelos alemães --que na primeira fase no Nordeste atuaram sob 28ºC em média-- fez a primeira vítima antes mesmo do jogo.

Com febre, o zagueiro Hummels foi substituído por Mustafi, deslocado para a direita da defesa, com Boateng formando o miolo da zaga com Mertesacker.

Empurrada pela sua barulhenta torcida, que se fez ouvir mais que a da Alemanha, a Argélia teve menos chances, mas foi sempre perigosa e numa certa altura chegou a pôr os tricampeões na roda.

Para a etapa final, Schürrle entrou na vaga de Götze, e a Alemanha voltou com outro espírito, mais incisivo. Não foi o bastante para resolver no tempo normal.

Mas logo aos 2 min da prorrogação, a pressão alemã surtiu efeito: Müller avançou pela direita e cruzou para Schürrle, que mandou para as redes.

Aos 14 min do segundo tempo, Özil completou o rebote de finalização displicente de Schürrle e ampliou. Djabou diminuiu nos acréscimos, escorando cruzamento da direita.

Mesmo derrotada, a Argélia saiu aclamada. "Essa equipe é maravilhosa porque joga com o coração", disse o zagueiro argelino Bougherra.


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