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Bomba de gás dispersa torcida na Vila Madalena

PM afirma que usou artefato depois de ser alvo de rojões durante operação para desobstruir rua na madrugada de 4ª

DE SÃO PAULO

A Polícia Militar disparou uma bomba de gás na madrugada desta quarta (2) para dispersar torcedores na Vila Madalena, bairro boêmio que se tornou o principal ponto de comemoração na Copa do Mundo em São Paulo.

Segundo a PM, cerca de 2.500 pessoas estavam na região. Havia brasileiros e estrangeiros, em sua maioria argentinos que celebravam a vitória do país sobre a Suíça pelas oitavas de final.

Por volta da 1h50, aproximadamente 220 policiais e cem veículos --entre carros e motos da PM-- iniciaram a operação de dispersão no acesso à rua Aspicuelta.

Com sete carros e motos, os policiais formaram um cordão de isolamento que foi abrindo espaço para a passagem de um caminhão de limpeza.

Às 2h, outro grupo de carros veio atrás com sirenes ligadas. Acuados, torcedores disparam rojões. A PM respondeu com uma bomba de efeito moral. Não houve feridos, segundo a corporação.

"Os bares já estavam fechados quando os policiais tentaram desimpedir uma das ruas fazendo cordão de isolamento. Alguns torcedores reagiram arremessando pedras, garrafas e rojões. Nesse momento, foi empregada uma granada de efeito moral para afastar os agressores. Foi executada a limpeza para atender a reivindicação dos moradores", disse a PM em nota.

GARANTIR DIREITOS

Major Franciscon, que comandou a operação, disse que o propósito foi garantir os direitos dos moradores e das pessoas que trabalham na região, além de impedir o comércio de drogas, a ação de ambulantes, a depredação de patrimônio público e privado e "atos libidinosos".

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ser "óbvio que a polícia tem que agir" na Vila Madalena. "A população do bairro reclama que lá está tendo problema a madrugada inteira, a noite inteira."

A empresária Cristiana Santos, 33, que acompanhava a festa no bairro, disse achar ridícula a ação da PM.

"As pessoas estão só curtindo a noite paulistana. Essa ação só causa uma péssima imagem do Brasil lá fora."

"Expulsaram a gente de forma indelicada e agressiva", disse a agente de aeroporto Eliana Silva de Jesus, 32.

O argentino Zurdo Ibarran dizia com bom humor que os policiais estavam bravos porque Maradona é melhor que Pelé. "Não tinha violência, estávamos cantando pela Argentina", afirmou Ibarran, que pedia dicas de bares para terminar de curtir a noite. (MARTHA ALVES, ROBERTO DE OLIVEIRA E AVENER PRADO)


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