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Colombianos se adaptam e criam comunidade em morro

LUISA BELCHIOR MOSKOVICS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

Logo após a vitória suada do Brasil sobre o Chile, no sábado (28), o churrasquinho em uma laje no morro da Babilônia, na zona sul do Rio, dava espaço a arepas e empanadas colombianas.

Ali, Stiben Peláez, 27, fritava os salgados típicos de seu país enquanto sua seleção caminhava para enfrentar o Brasil. "A massa é igual à da canjica. Temos várias coisas parecidas com vocês, e por isso nos sentimos tão à vontade", disse o colombiano, que há dois meses fixou residência na favela de Copacabana.

Ele vive rodeado de conterrâneos: hoje há cerca de 30 colombianos no morro da Babilônia, favela de 2.500 moradores que virou reduto de latino-americanos no Rio.

Colado na praia e com vista para o mar e o Cristo Redentor, o morro foi o segundo a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora, há cinco anos. Hoje, apesar de protestos contra a violência policial, vive dias menos violentos, atraindo turismo, centros culturais e estrangeiros.

Foi só há cerca de um ano, porém, que ganhou um toque latino. Os colombianos lideram a lista de nacionalidades que vivem lá, que tem também peruanos, uruguaios e argentinos. Não por acaso. Há dois anos, a Colômbia aderiu ao Mercosul permitindo a seus cidadãos residir legalmente nos países do bloco.

"Aqui parece muito bairros dos arredores de Bogotá. As pessoas são unidas, acolhedoras e mais informais, como nós", opina a colombiana Alexandra Roa, 26, que vive há três meses no morro.

Moradores antigos aprovam a convivência. "Quando teve a pacificação, veio muito europeu, mas eles não se misturam muito. Os latinos são brincalhões como nós, estão somando", disse a moradora Kely Cristina, 31.

Seu marido, por exemplo, vende churrasquinho em dias de jogo da Copa e de festa num bar de uma colombiana que virou ponto de encontro dos rivais desta sexta (4).


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