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Holanda troca goleiro para os pênaltis e garante vaga

QUARTAS Após empate sem gols com a Costa Rica, reserva Krul entra no fim da prorrogação e pega duas cobranças na decisão

ITALO NOGUEIRA ROBERTO DIAS ENVIADOS ESPECIAIS A SALVADOR

O homem do duelo entre Holanda e Costa Rica foi um goleiro. Para a Fifa, o costa-riquenho Navas. Para as imagens da TV, o holandês Tim Krul.

Mas o verdadeiro homem do jogo estava no banco da Holanda. Louis van Gaal fez a mudança que levou sua seleção à semifinal da Copa.

Foi ele que tirou o goleiro titular, Cillessen, no fim da prorrogação, e colocou Krul. O jogador de 26 anos do Newcastle United não havia entrado em campo nesta Copa, mas tinha no currículo uma defesa famosa, feita três anos atrás, num pênalti do astro inglês Lampard, do Chelsea.

Neste sábado, agregou mais duas defesas ainda mais importantes ao currículo e levou a Holanda à semifinal da Copa após o empate sem gols.

Krul tem 1,93m, seis centímentros a mais que o titular. "Todo jogador na minha seleção tem certas qualidades, e nós sentimos que ele era o goleiro mais apropriado para pegar pênaltis, tem grande envergadura", diz Van Gaal, que até agora só não usou 2 dos seus 23 convocados.

Não foi por acaso que Krul caiu para o lado certo: a Holanda estudou como os rivais batiam e discutiu o estilo dos cobradores com o reserva.

E não avisou o titular, Cillessen. "Não queríamos desapontá-lo", explicou Van Gaal. Desapontado ele ficou quando viu subir a placa: saiu de campo literalmente chutando o balde e passando reto pelos companheiros. Depois, pediu desculpas e recebeu a confirmação de que continua titular.

A esperteza de Van Gaal decidiu um jogo no qual o único bobinho visto foi o do aquecimento da Holanda no gramado da Fonte Nova.

A estratégia defensiva da Costa Rica mostrou-se eficiente e fez com que a seleção deixasse a Copa invicta, com a melhor campanha de sua história e depois de ter derrubado três campeões mundiais (Itália, Uruguai e Inglaterra).

Nem assim os costa-riquenhos tinham convencido a todos. Quando acabou o tempo regulamentar do jogo na Fonte Nova, contavam-se 39 fotógrafos atrás da meta do goleiro Navas. Quase o dobro dos 21 postados aguardando um gol da Costa Rica.

O que os profissionais registraram foram imagens para o álbum de recordações de Navas. Clicaram quando ele parou Van Persie na cara do gol. Quando pegou um chute de Sneijder. Quando evitou um gol de Depay pela esquerda. Quando saltou para tirar a cobrança de falta de Sneijder. Quando se antecipou e evitou que um lançamento de Robben para Van Persie fosse completado. Quando se mostrou pronto para salvar um chute de Sneijder, não tivesse a trave feito o serviço antes.

O técnico da Holanda também não acreditava muito no adversário. Daí ter colocado um terceiro atacante, Depay. Por ironia, o esquema ofensivo resultou no primeiro jogo sem gols de seu time na Copa.

O próximo adversário é uma equipe que o treinador holandês não considera tão ofensiva assim. "Vi uma Argentina pisando no freio", disse ele sobre o jogo dos argentinos com os belgas. A partida acontece na quarta (9), no Itaquerão.

Pela primeira vez na história, os dois jogos das semifinais repetem duelos que já decidiram o Mundial.

O confronto entre holandeses e argentinos reedita a decisão de 1978, vencida pelos sul-americanos. Brasil e Alemanha repetem a final de 2002, ganha pelos brasileiros.


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