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Catástrofe no Mineirão

Seleção brasileira protagoniza o maior vexame ao ser goleada pela Alemanha e perde a chance do hexa

Pela segunda vez na história, o Brasil perdeu a chance de se tornar campeão mundial de futebol em seu território. Se em 1950 a derrota teve contornos de tragédia, a eliminação de 2014 foi marcada pela humilhação. A seleção brasileira conheceu, neste 8 de julho, a pior derrota jamais sofrida em sua trajetória centenária. O golpe deixará sequelas.

Prostrado diante da Alemanha, o time de Luiz Felipe Scolari sofreu a maior goleada do futebol brasileiro em 84 anos de participações em Copas do Mundo.

A equipe dirigida por Joachim Löw fez 7 a 1. Em apenas 29 minutos de jogo, já havia marcado 5 a 0, mais um recorde das Copas. Parecia um treino entre profissionais, de um lado, e juvenis, do outro.

A Alemanha, que disputará o troféu neste domingo contra Argentina ou Holanda, ultrapassa o pentacampeão Brasil como o time que chegou a mais finais da Copa. Terão sido oito.

Em 1950, a torcida no Maracanã cantava "Touradas em Madri"na goleada sobre a Espanha. Nesta terça, no Mineirão, brasileiros frustrados entoavam o "olé" das corridas de touro durante trocas de passes alemãs, mas como crítica à seleção brasileira.

Numa nação ainda predominantemente rural de 52 milhões de habitantes, a derrota de 1950 converteu-se num trauma nacional. O futebol amadureceu, e a seleção chegou a outras seis decisões nas décadas seguintes, tendo vencido cinco. Foi assim apesar de a queda diante do Uruguai ter sido testemunhada por uma minoria, numa época anterior à TV.

Passados 64 anos, a grande maioria da nação de 200 milhões, 85% vivendo em cidades, pôde assistir ao vivo ao massacre do time brasileiro.

"Quem é o responsável?", perguntava Scolari, fleumático, na entrevista concedida depois da partida. "Sou eu", disse o treinador. A julgar pelo que ocorreu após a frustração de 1950, a resposta do técnico brasileiro não esgotará a questão.

Muitos tentarão respondê-la daqui em diante. Das lições assentadas nessas múltiplas e contraditórias respostas poderão surgir --ou não--mudanças no futebol brasileiro.


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