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Derrota deixa situação de Felipão insustentável

Presidente da CBF, Marin estava propenso a mantê-lo no cargo, mas vitória fácil da Holanda em Brasília causou perplexidade

DOS ENVIADOS A BRASÍLIA DE BRASÍLIA

Luiz Felipe Scolari, 65, viu neste sábado (12) a seleção brasileira ser derrotada com facilidade novamente e entregou o cargo de treinador.

A bola agora fica com a Confederação Brasileira de Futebol, que deve aceitar a saída do técnico e escolher nos próximos dias um novo nome para assumir o comando do time nacional.

Logo depois da derrota para a Holanda, o presidente da entidade, José Maria Marin, declarou que estava propenso a anunciar a "dissolução da comissão técnica".

Flávio Murtosa, auxiliar de Felipão, e os outros preparadores ligados ao treinador também estão próximos de serem desligados da CBF.

Antes de ver a seleção perder a partida, Marin havia acordado com Marco Polo Del Nero, seu vice e presidente eleito da CBF, que daria uma chance a Felipão no confronto com a Holanda, que valia a terceira colocação na Copa, e que estava propenso a mantê-lo no cargo.

Mas a derrota por 3 a 0 deixou Marin e os outros cartolas da CBF atônitos já no estádio Mané Garrincha. "Acho que ficou insustentável", afirmou o presidente da confederação a um dirigente.

Ele não queria, ainda, demitir Felipão imediatamente. Falou com o técnico antes da entrevista coletiva na qual o treinador anunciou que estava entregando o cargo.

"Como nós tínhamos combinado, entregaríamos o cargo à direção depois do final da Copa. E o presidente [Marin] tem a grande capacidade de avaliar", disse o treinador.

O ato foi acertado com o presidente da CBF, que fica à vontade para executar a demissão sem ter de dizer que partiu dele a iniciativa.

ENTRE OS QUATRO

Mesmo entregando o cargo após a derrota por 3 a 0, Felipão voltou a elogiar seu trabalho em sua segunda passagem pela seleção.

Assim como vinha fazendo desde o vexame ante a Alemanha, o técnico exaltou o fato de ter deixado o Brasil entre os quatro melhores do mundo e ressaltou que vê isso por um lado positivo.

"Já falamos repetidas vezes do resultado de 7 [a 1, contra a Alemanha]. Mas eu vejo o lado positivo: desde 2002, não chegávamos entre os quatro [melhores]."

Felipão elogiou também a atuação do seu time no DF, apesar da nova derrota.

"Não vejo como criticar a seleção hoje [sábado]. Teve uma desenvoltura. Foi atrás do resultado. Esse grupo, que foi muito bem na Copa das Confederações, foi bem até a semifinal. Depois não fomos bem", analisou. E continuou:

"Eu penso o seguinte: os objetivos foram atendidos à medida que passamos de fase. Nós não tivemos grandes atuações, mas tivemos momentos muito bons. Os seis minutos [contra a Alemanha] aconteceram. Sabemos que foi assim, vamos lamentar. Mas aconteceu".

Felipão não quis comentar se há clima para uma eventual permanência na seleção. Só que até mesmo o atacante Fred admitiu que não há. "Isso é uma decisão lá de cima, mas eu acho que ele [Felipão] nem vai querer ficar", disse.

O atacante do Fluminense falou que o técnico da seleção não comentou seu futuro com os jogadores. (BERNARDO ITRI, FABIANO MAISONNAVE, MARCEL RIZZO, SÉRGIO RANGEL, FERNANDO RODRIGUES E FILIPE COUTINHO)


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