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Caiu do céu

Contratação de Robinho alivia críticas aos dirigentes e é elogiada até por opositores, apesar do alto valor gasto com o atacante

ALEX SABINO DO ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Até a última quinta (7), o Santos vivia um turbilhão dentro e fora de campo.

Os dirigentes eram criticados nos bastidores, alvos de denúncias até por associados considerados neutros. Sofreram derrotas no Conselho Deliberativo. Oswaldo de Oliveira tinha de responder constantemente a perguntas sobre Leandro Damião.

Até que apareceu Robinho pisando no gramado da Vila Belmiro ao ser apresentado para, pela terceira vez, ser jogador santista.

Ele já havia passado pela equipe entre 2002 e 2005 e em 2010. Quando menos se esperava, o clube conseguiu substituir um ídolo (Neymar) por outro (Robinho). Até os adversários reconhecem que o presidente Odílio Rodrigues tirou um coelho da cartola.

"Se eu fosse presidente, também contrataria o Robinho. Mesmo por esses valores. É ídolo. Qualquer outro jogador que chegasse para ganhar R$ 500 mil eu questionaria. Menos o Robinho", reconhece Orlando Rollo, um dos principais nomes de oposição no Santos e possível candidato a presidente nas eleições do fim do ano.

Foi inesperado porque Robinho e Santos estavam "divorciados". No início do ano, parecia certo o retorno do atacante, já encostado no Milan (ITA). O Santos pagaria 5 milhões de euros (R$ 15,4 milhões em valores atuais).

Ele receberia R$ 800 mil mensais. O acerto estava muito próximo, até o Santos dizer ao jogador que não seria possível fechar negócio. Agora, os vencimentos do atleta também podem chegar a R$ 800 mil de acordo com bônus por resultados, aumento de associados, valores de pay-per-view e venda de camisas.

"Para a diretoria do Santos, o Robinho caiu do céu. Ainda mais em ano eleitoral do Santos", completou o conselheiro Celso Leite, uma das maiores pedras na sapato da atual administração.

Odílio Rodrigues nega terminantemente que a contratação tenha caráter eleitoral. "Não há qualquer relação com eleição. Estamos tentando trazê-lo há tempos."

Dentro de campo, Robinho é visto como chave para fazer Leandro Damião render.

A aquisição do centroavante no início do ano, com a ajuda de um fundo de investimento, rendeu --e ainda rende-- críticas aos dirigentes.

O custo da negociação foi de 13 milhões de euros (R$ 40 milhões pela cotação de ontem), mas as parcelas pagas pelo Santos sofrem variação cambial. Ou seja, o valor do pagamento muda de acordo com a cotação do dia.

Damião já sofreu duas lesões e tem cinco gols na temporada. Custa R$ 500 mil por mês e ainda recebe R$ 50 mil de auxílio para alugar um apartamento na cidade.

ANO DE ELEIÇÃO

A história do Santos jamais viu tamanha movimentação para criação de chapas para a eleição.

Havia projeto para que fosse implantado o voto à distância, pela internet. Acreditava-se que isso daria enorme vantagem à situação pelo apoio fora da Baixada Santista. Essa proposta da atual diretoria foi derrubada.

Para comprovar que o banco de dados de associados para a eleição era falho, associados conseguiram registrar no clube sócios falsos, com nomes de personagens famosos como os mafiosos Al Capone e Vito Corleone.

Mas até as disputas políticas ficaram em segundo plano. Graças à presença de Robinho de volta ao elenco profissional do clube.

O atacante passa a ser fundamental também para que o time tenha bom desempenho e brigue pelos títulos.


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