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Pais da torcida

Kaká, do São Paulo, e Robinho, do Santos, reencontram hoje torcedores que os têm como ídolos e esperança de um futebol melhor

DO SÃO PAULO

Kaká e Robinho terão um Dia dos Pais incomum. Admirados não só pelos seus filhos, mas também pelos colegas de time e pelos torcedores, eles prometem ser a atração da 14ª rodada do Brasileiro, neste domingo (10).

Pai de Robson Júnior, 6, e Gianluca, 3, o atacante Robinho, 30, inicia sua terceira passagem no Santos. Será titular diante do Corinthians, às 16h, na Vila Belmiro.

Já o meia Kaká, 32, pai de Luca, 6, e Isabella, 3, faz o segundo jogo desde que voltou ao São Paulo, mas seu primeiro no Morumbi. Será titular contra o Vitória, às 18h30.

Ambos terão como espectadores legiões de fãs. Os 10.400 ingressos colocados à venda pelo Santos nas bilheterias se esgotaram. O São Paulo, por sua vez, vendeu mais de 12.000 entradas até sábado (9) de manhã.

Os técnicos Muricy Ramalho, do São Paulo, e Oswaldo de Oliveira, do Santos, também comemoram as presenças dos astros. Eles já admitiram que usarão os jogadores para liderar seus times e inspirar os atletas jovens.

A expectativa é que Kaká e Robinho sejam protagonistas na busca ao menos da vaga na Libertadores. Essas, porém, não são as únicas semelhanças entre os jogadores neste momento.

Eles têm outras características que os aproximam. Jogaram duas Copas juntos (2006 e 2010), defendiam o Milan, já passaram pelo Real Madrid e tentam, no retorno ao Brasil, obter uma redenção após uma fase em baixa.

A origem dos dois também guarda outras semelhanças.

Robinho é cria do Santos. Começou a trilhar sua carreira como jogador na base do time alvinegro em 1996, depois de ter brilhado no futsal pelo próprio Santos.

Estreou em 2002, no Torneio Rio-São Paulo. Mas foi no Brasileiro, meses depois, que ganhou fama. Ao lado de Diego, foi peça fundamental na campanha do título.

Ficou no Santos até agosto de 2005, quando se transferiu para o Real. De lá, foi para o inglês Manchester City e voltou ao Brasil em 2010. Foi referência da dupla Neymar e Ganso, com quem conquistou Paulista e Copa do Brasil.

Ficou seis meses e foi para o Milan, onde teve quatro temporadas em baixa. Na última, fez 32 jogos e cinco gols.

Em busca de outra ressurreição no futebol, cogitou ir para os EUA, mas acabou voltando para o Santos.

Uma nova geração de meninos surgiu, com Gabriel, Geuvânio, Alison e Jubal. Robinho é uma referência e pode ajudar na evolução dos garotos. Tarefa que aceitou.

"Espero retribuir o carinho dentro de campo, jogando, e fora, ajudando os garotos", disse Robinho.

A história se assemelha à de Kaká. Criado no futsal do São Paulo, passou a frequentar a base em 1994 e surgiu no Rio-São Paulo de 2001 como Cacá. Virou destaque e foi o herói na conquista inédita, ao fazer dois gols na final.

Passou a ser comparado a Raí e, dois meses após estrear, virou Kaká, como gostava de grafar seu apelido. Em 2002, jogou na seleção pela primeira vez e foi campeão da Copa, seu maior triunfo.

Defendeu o time até agosto de 2003, quando foi vendido ao Milan, onde viveu o auge: eleito o melhor do mundo, em 2007. Em 2009, foi para o Real Madrid. Voltou ao Milan ano passado, mas não brilhou e acertou a volta ao Brasil --por empréstimo.

Também encontrou o São Paulo como o local ideal para sua retomada. O time vive um período de seca de títulos, e Kaká pode ser a inspiração para jovens como Ewandro e Boschilia. "Meu vínculo com o São Paulo vai além do campo. Fui criado nas categorias de base e cheguei ao topo do futebol mundial", disse Kaká.

Robinho e Kaká também miram um objetivo muito difícil, mas não impossível: voltar à seleção. Isso, porém, depende do trilha iniciada justamente hoje, o Dia dos Pais.


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