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Prancheta do PVC

Errar não é o Mano

Pode ser justo trocar Mano? Só se for em dezembro, sem Copa do Brasil nem vaga na Libertadores

Mano Menezes respondeu com sabedoria semana passada à questão sobre seu time não ser o perseguidor do Cruzeiro e nem apresentar futebol do mesmo nível dos dois líderes do Brasileirão. Disse que, no primeiro turno, o Corinthians empatou o clássico com os são-paulinos e venceu os cruzeirenses. O Corinthians é competitivo.

Avaliar o trabalho de Mano Menezes nove meses após seu início exige deixar o coração de lado e usar a razão. A terceira colocação é menos do que se esperava e terminar o ano sem nenhum título será ruim. Há contraponto. O Corinthians que venceu o São Paulo usou só cinco titulares indiscutíveis de um ano atrás. O Cruzeiro escala oito.

Mas há uma questão de estilo. Mano nunca foi o tipo de técnico capaz de fazer seu time empolgar, jogar o futebol mais envolvente, mais bonito. Competitividade, nunca lhe faltou. Mano pode ousar mais, mas quem o contrata sempre sabe o que está fazendo. Ele não está entregando menos do que prometeu.

O Corinthians vence os jogos grandes, especialmente aqueles em que a vitória vale muito mais do que o brilho. Era o caso do clássico de ontem.

Errar não é o Mano!

Atacar também não.

Mano já contou que vivia no interior gaúcho, ouvindo as entrevistas de Ênio Andrade pelo rádio. A audição ajudou a aprender futebol e estratégia. Os times de Ênio e os de Mano se parecem. São matemáticos. Às vezes, falta agressividade.

No Brasileiro inteiro, só duas vezes o Corinthians tinha feito mais de dois gols: nos 4 a 1 no Sport e 5 a 2 no Goiás.

Não era fácil montar a estratégia para vencer o São Paulo. Escolher Malcom de novo, com a torcida torcendo o nariz, foi corajoso. Malcom é um talento da base e há bom tempo o Corinthians não lança jogadores formados em casa. Com Luciano ou Romero haveria menos risco de críticas. Todo mundo sabe o que eles não são capazes de fazer.

Em Itaquera, o São Paulo manteve qualidades dos jogos passados, à exceção da melhor delas: mobilidade. Luis Fabiano é muito mais fixo na área do que Pato. Quando Michel Bastos o substituiu, Alan Kardec virou centroavante, mas a tentativa de Muricy seguiu sendo chamar o Corinthians para seu campo. Contra-atacar.

Poderia ter dado certo. A razão principal de Muricy não alcançar a vitória e distanciar-se uma rodada mais da taça não foi Mano Menezes. Foi Guerrero. É o que mais une os elogios a Tite às críticas a Mano.

Quando Guerrero decide, tudo fica bem. Ontem, deu o passe para o primeiro pênalti, sofreu o segundo e marcou o terceiro gol.

O cara do jogo foi Guerrero.

É quem permite olhar para o trabalho de Mano Menezes com um pouco mais de neutralidade nesta segunda-feira. Pode ser justo trocá-lo? Só se for em dezembro, sem Copa do Brasil nem vaga na Libertadores. E se a opção for ter time mais vistoso do que competitivo. Nesse caso, Tite também não serviria.

FORA DE CASA

Pela primeira vez o Atlético venceu o Cruzeiro no Mineirão em cinco anos. Partida brilhante de Carlos, que marcou o ótimo lateral Mayke e chegou à área duas vezes para marcar. Tardelli foi ótimo. O Cruzeiro não jogou mal. Teve 59% de posse de bola. O Atlético soube vencer nos contra-ataques.

AS RAZÕES

É chover no molhado pedir jogador ou dizer que alguns não têm nível. Quem? Lúcio, que recuou de maneira ridícula para Deola, e não Fábio, segurar com as mãos... O erro é de quem não montou o time. O Palmeiras precisa parar tudo! Escapar é possível, mas o desafio é voltar a ser temido.


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