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Racismo
Jogador do Avaí pode ser suspenso por 10 jogos
STJD nega punir clube por ato discriminatório
O procurador geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, afirmou no domingo (28) que solicitou as imagens da suposta ofensa racista do zagueiro Antônio Carlos, do Avaí, contra o atacante Francis, do Boa Esporte, durante partida pela Série B do Campeonato Brasileiro, sábado.
O jogador do time mineiro acusou o rival de tê-lo chamado de "macaco do c..." durante a vitória por 2 a 0 da equipe catarinense. Imagens da SporTV mostram o suposto momento da agressão verbal.
Segundo Schmitt, mesmo que Antônio Carlos seja declarado culpado de injúria racial pelo STJD, o Avaí não corre risco de ser penalizado.
O artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva diz que se o ato discriminatório é praticado por "atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica" a pena é uma suspensão de cinco a dez partidas, além de multa de R$ 100,00 a R$ 100 mil.
O clube só é passível de receber uma punição quando a ofensa racial é "praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva".
Foi o que aconteceu na Copa do Brasil com o Grêmio. O time gaúcho perdeu três pontos e foi eliminado porque alguns torcedores entoaram gritos de cunho racista ao goleiro Aranha, do Santos.
No suposto caso de racismo na Série B, Francis registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia da Capital, em Florianópolis.
Segundo a versão do atacante, registrada no BO, ele reclamou com o árbitro, que teria pedido a continuidade da partida.
"É triste o que está acontecendo no futebol brasileiro", afirmou Francis, à Sportv.
Por meio de nota, o Boa disse repudiar o "infeliz ato de racismo" e esperar uma "posição exemplar" da justiça. O caso deve ser analisado pela delegada Maria Carolina Caldas nesta segunda (29), segundo Esteve dos Santos, plantonista da 1ª Delegacia de Polícia da Capital.
Por meio da assessoria de imprensa, o Avaí afirmou que a diretoria do clube conversou com o zagueiro, que negou ter feito o xingamento racista.
