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Brasileiro ajudou a melhorar golpe de Federer adolescente

TÊNIS Em 1994, gaúcho fez 6/0 no suíço, que percebeu que sua esquerda era fraca e passou a treiná-la mais

Avener Prado/Folhapress
EM CASA Thomaz Bellucci (ao fundo), 33° do mundo, venceu Roger Federer por 2 sets a 1, no ginásio do Ibirapuera. O suíço foi ovacionado pelos torcedores apesar da derrota
EM CASA Thomaz Bellucci (ao fundo), 33° do mundo, venceu Roger Federer por 2 sets a 1, no ginásio do Ibirapuera. O suíço foi ovacionado pelos torcedores apesar da derrota
FERNANDO ITOKAZU DE SÃO PAULO

Um brasileiro teve uma participação indireta no desenvolvimento do backhand (golpe de esquerda) do suíço Roger Federer.

A revelação foi feita pelo próprio tenista ontem em São Paulo. O primeiro "pneu" (6/0) tomado e registrado pelo suíço foi em 1994 e aplicado por Tiago Ruffoni.

Questionado pela Folha sobre o episódio, Federer demonstrou lembrar do jogo.

"Como é mesmo o nome dele? Tiago Ruffoni? Eu me lembro. Foi na Bélgica em 1994. Eu era muito novo", afirmou ele, que tinha 13 anos. "Ele era mais velho do que eu." O gaúcho, que tinha 14, pouco jogou profissionalmente e hoje mora nos EUA.

Na época, Ruffoni escreveu em sua agenda que o adversário era "irregular" e "tinha dificuldade para manter a bola em quadra".

Federer concorda com a análise. "Eu cometia muitos erros, assim como faço hoje", lembrou, rindo. "Meu backhand era muito ruim."

Recordista de títulos de Grand Slams e de semanas no topo do ranking, Federer disse que essa época em que a diferença de idade era determinante foi importante para sua formação como tenista.

"Sabe de uma coisa? Os jogadores mais velhos me fizeram um favor", afirmou. "Como eles jogavam muito no meu backhand, ele melhorou. Hoje acho que é bom."

Atualmente, Federer é um dos poucos a executar o backhand com uma só mão.

Pela primeira vez no Brasil para uma série de partidas de exibição -ontem perdeu para o brasileiro Thomaz Bellucci, em São Paulo-, Federer brincou dizendo que pretende ampliar o leque de idiomas que domina.

"Falo inglês, francês e alemão e, agora, português."

Em um comercial para um patrocinador divulgado pouco antes da vinda ao Brasil, Federer aparece falando "Sou bom, né?", "Gostou?" e "Vai amarelar?". Ele lembrou de "gostou", não conseguiu falar "vai amarelar" (vamelemá) e citou "obrigado".

"Vamos ver se eu volto para casa falando pelo menos cinco palavras em português e não apenas três."

Sobre a imagem que passou no comercial de um sujeito mais descontraído, Federer disse que a maioria o conhece das quadras.

"Na quadra eu pareço sério, porque preciso estar focado, mas todos que me conhecem sabem que sou tranquilo, aberto a piadas."

Aos 31 anos, o suíço agendou menos torneios em 2013 e diz que isso foi preciso por causa do calendário pesado que enfrentou nas últimas duas temporadas.

O número dois do mundo disse que voltar ao topo do ranking em 2013 é algo improvável e que não é prioridade no momento. "É preciso que eu ganhe muito e pelo menos dois Grand Slams."

Pai de gêmeas de 3 anos, o suíço afirmou que pretende passar mais tempo com a família no próximo ano.

Dos poucos títulos que faltam na carreira de Federer estão a medalha olímpica de ouro individual e a conquista da Copa Davis, principal torneio entre países.

"É lógico que eu gostaria de vencer tudo. Mas ganhei o ouro em duplas em Pequim [2008] e tive momentos grandiosos na Davis", afirmou.

"Não acho que, se não conquistar isso, vá faltar algo. Gosto de curtir o momento e o que já conquistei."


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