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'Casa' do Corinthians, Nagoya ignora competição

MUNDIAL DE CLUBES Pelas ruas da cidade, poucos sabem do torneio

DOS ENVIADOS A NAGOYA

Tem um "bando de loucos" chegando a Nagoya. Mas Nagoya ainda nem percebeu.

A cidade vê a cada dia aumentar o número de torcedores brasileiros e, hoje de manhã, será invadida por milhares de corintianos, que já se aglomeram em Tóquio, a duas horas de viagem de trem.

Mas existe uma outra Nagoya, a do dia a dia, que ignora quase por completo a existência do Mundial de Clubes. Não por despeito, mas por falta de informação.

Mesmo nos maiores centros comerciais da cidade, a quarta mais populosa do Japão, com 2,2 milhões de habitantes, poucos sabem que estão sediando o torneio.

Sempre educados e prestativos para dar ajudar com informações até de lugares que desconhecem, a maioria se surpreende ao ouvir sobre o Mundial de Clubes.

Numa loja chique de roupas masculinas, o simpático Takashi Okuda fazia caras de espanto e de alegria ao saber que tinha um time brasileiro na cidade. "Corinthians? Não conheço, mas conheço o Chelsea." O estabelecimento ficava em frente ao hotel onde os corintianos estão.

"É que a Premier League [Campeonato Inglês] passa aqui", desculpou-se. Mas garantiu simpaticamente que torcerá "pelo Brasil".

Em cafés, lojas ou no metrô, a história se repetia. Todos lamentavam não conhecer o Mundial. A própria Fifa parece não colaborar muito.

A comunicação visual inexiste. Não há uma faixa, cartaz ou outro tipo de propaganda do torneio nas ruas. No dia dos jogos das quartas de final, duas moças distribuíam um pequeno encarte de quatro páginas perto do hotel em que a Fifa fazia o credenciamento e oferecia transporte à imprensa. E só.

"O principal esporte aqui é o beisebol", explicou um jovem no metrô, torcedor do time local Chunichi Dragons.

Nos jornais, a competição também é subdimensionada.

No "Japan Times", jornal em inglês distribuído nos hotéis, as páginas esportivas destacam Messi e Dallas Cowboys. Do Mundial, uma reportagem menor, do Chelsea.

Ontem à noite, no Japão, o noticiário do canal NHK mostrou reportagem sobre esporte: o segredo do sucesso de um rebatedor dos Dragons -após mostrar um "home run", corte para o atleta segurando uma espiga de milho. A temporada japonesa de beisebol acabou em novembro e só volta em março.


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