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SÃO PAULO

Time pode perder Morumbi na Libertadores

Confederação sul-americana, porém, prevê possibilidade de sanção esportiva ser trocada por multa

Eduardo Anizelli/Folhapress
Jogadores do Tigre chegam a delegacia no centro de São Paulo, na madrugada de ontem
Jogadores do Tigre chegam a delegacia no centro de São Paulo, na madrugada de ontem
DE SÃO PAULO

A confusão ocorrida anteontem no Morumbi, na final da Copa Sul-Americana entre São Paulo e Tigre, pode se traduzir em sanções esportivas para a equipe tricolor.

O artigo 15.3 do regulamento da competição diz: "O estádio do mandante, no caso de partida com invasão de espectadores ou agressão a árbitros, assistentes ou jogadores, será fechado para os jogos seguintes do campeonato ou para os correspondentes da próxima competição [da Conmebol, a confederação sul-americana]".

Em 2013, o São Paulo volta a disputar a Libertadores -organizada pela Conmebol-, da qual ficou ausente em 2011 e 2012. O clube não quer correr o risco de voltar ao torneio sem poder jogar em casa. Anteontem, mais de 67 mil torcedores foram ao Morumbi.

"Espero que não haja nenhuma suspensão. Da forma como eles provocaram, o tumulto aconteceria em qualquer lugar do mundo", disse o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista.

O mesmo artigo, porém, abre a possibilidade de qualquer punição ser substituída por uma multa -que pode ser fixa ou percentual sobre a arrecadação de uma partida.

O histórico da Conmebol e o próprio regulamento da Sul-Americana também abrem a possibilidade para uma solução sem punições graves.

O mesmo artigo 15.3 prevê multa para o mandante, em vez de perda do mando.

O porta-voz da Conmebol, Néstor Benítez, afirmou que a entidade "fará uma investigação minuciosa" do caso.

"É a primeira vez em 25 anos de administração Nicolas Leoz que acontecem episódios assim, que mancham a boa imagem do futebol sul-americano", disse.

Anteontem, os times protagonizaram a final da Sul-Americana, no Morumbi.

O São Paulo fez 2 a 0 no primeiro tempo. No intervalo, houve pancadaria entre jogadores do Tigre, seguranças do São Paulo e policiais militares. O segundo tempo não aconteceu. O time argentino se recusou a voltar a campo.

O árbitro chileno Enrique Osses decretou o fim da partida, o São Paulo foi declarado campeão e torcedores invadiram o gramado -60 deles foram detidos pela Polícia Militar, mas liberados depois.

PUNIÇÃO

O Tigre, que afirmou que não voltou ao segundo tempo devido ao clima de insegurança e que funcionários do São Paulo ameaçaram seus jogadores com armas de fogo, feriu dois artigos do regulamento do torneio.

Primeiro, ao "recusar-se a finalizar uma partida", o que, segundo o artigo 15.4 do regulamento, é passível de punição com multa. Depois, descumpriu o artigo 3.7, segundo o qual as duas equipes são obrigadas a seguir o protocolo de premiação.

"A ausência injustificada de qualquer um dos times dará origem a uma multa a critério do Comitê-Executivo da Conmebol", diz o texto.

Na delegacia, a equipe argentina não citou o uso de armas durante o tumulto. O São Paulo nega que seus funcionários portem armas durante o trabalho no estádio.


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