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São Paulo
Clima tenso começou após Tigre se aquecer no campo
Direção pressionou seguranças pelo incidente antes do jogo
Para entender a pancadaria entre funcionários do São Paulo e jogadores e membros da comissão técnica do Tigre é preciso voltar a um incidente ocorrido antes do jogo.
Seguranças são-paulinos foram severamente repreendidos pela diretoria por não terem evitado que a delegação argentina entrasse em campo para o aquecimento.
O clube proíbe que os rivais se aqueçam em campo -há placa no vestiário do visitante que explica a regra. O próprio São Paulo evita a prática. Isso irritou os argentinos, que já haviam tido o ônibus apedrejado pela torcida.
Ao menos quatro seguranças do São Paulo tentaram impedir o acesso dos argentinos. Houve bate-boca, empurra-empurra, mas alguns jogadores e o preparador físico passaram pelas placas de publicidade. O membro da comissão técnica colocou na grama bolas alinhadas e os objetos coloridos para os atletas correrem em zigue-zague.
Foi isso que irritou a direção são-paulina, que planejou dificultar a vida dos argentinos como represália aos problemas que teve em Buenos Aires, na semana passada, como demora para entrega de ingresso e truculência dos seguranças do Tigre.
Após terem sido repreendidos, os seguranças receberam ordem de que fosse reforçada a atenção para evitar qualquer outro problema, principalmente ligados ao patrimônio do clube -incluindo atletas e bens materiais.
Houve aumento no número de agentes no vestiário no intervalo, após confusão no gramado envolvendo Lucas.
O quebra-quebra que o Tigre fez ao descer para o vestiário dos visitantes, então, teria sido a gota d'água para a briga entre os argentinos e os seguranças do clube.
Segundo o São Paulo, os seguranças agiram em defesa do patrimônio, evitando também invasão ao vestiário principal do Morumbi, onde os são-paulinos descansavam para o segundo tempo.
"Eles quebraram o vestiário do visitante, pegaram pedaços de pau e móveis e tentaram invadir o vestiário do São Paulo. Nossos seguranças só impediram e protegeram o patrimônio do São Paulo. Aí houve conflito", disse José Francisco Mansur, assessor da presidência do São Paulo, ainda no Morumbi.