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Entidade pune federações por cânticos racistas e antissemitas
FIFA
Hungria e Bulgária entrarão em campo com portões fechados
A Fifa anunciou ontem que as federações de futebol de Hungria e Bulgária serão punidas por atitudes racistas e antissemitas de suas torcidas.
Em agosto do ano passado, no amistoso entre Hungria e Israel, em Budapeste, um grupo de torcedores entoou cânticos antissemitas e exibiu símbolos políticos considerados ofensivos. Os torcedores viraram de costas durante a execução do hino de Israel e ainda gritaram "Viva Mussolini". A partida acabou empatada em 1 a 1.
De acordo com a Fifa, a federação húngara reconheceu e lamentou o comportamento dos seus torcedores, mas o Comitê Disciplinar foi unânime em condenar o "repugnante" episódio que envolveu racismo e antissemitismo.
A comissão definiu que a Hungria enfrentará a Romênia pelas eliminatórias da Copa, em março, com portões fechados. Também impôs multa de aproximadamente R$ 89 mil à federação local.
Os húngaros são os vice-líderes do Grupo D das eliminatórias com nove pontos, três atrás dos holandeses.
Já a punição imposta à federação da Bulgária foi motivada por manifestações racistas contra o dinamarquês Patrick Mtiliga, durante partida válida pelas eliminatórias da Copa, em outubro de 2012.
Segundo a Fifa, Mtiliga, que é filho de pai tanzaniano, entrou aos 9min do segundo tempo e era alvo de insultos racistas quando tocava a bola no jogo disputado em Sofia, capital búlgara.
Como punição, a seleção da Bulgária vai jogar contra Malta, em março, também pelas eliminatórias, com portões fechados, e sua federação foi multada em R$ 77 mil.
Na semana passada, os jogadores do Milan abandonaram um amistoso contra o Pro Patria, da quarta divisão italiana, em Busto Arsizio, depois que o meia ganês Kevin--Prince Boateng foi alvo de insultos racistas da torcida.
Silvio Berlusconi, presidente do Milan, apoiou a iniciativa e disse que o time abandonará qualquer jogo em que o fato se repita. Joseph Blatter, presidente da Fifa, condenou a atitude. "Sair de campo não é a solução."
