Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Íntimos

Ganso e Neymar, amigos fora de campo, se reencontram como rivais na Vila Belmiro, onde despontaram no futebol

RAFAEL VALENTE DE SÃO PAULO VINÍCIUS BACELAR COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Paulo Henrique Ganso, 23, que nasceu para o futebol na Vila Belmiro, volta ao estádio amanhã para enfrentar pela primeira vez o Santos, seu ex-clube, e Neymar, 20, amigo e parceiro por quatro anos.

O meia foi confirmado entre os titulares do São Paulo, ontem, por Ney Franco. Ganhou a vaga de Douglas -lateral que atuou improvisado no meio no último jogo.

O técnico disse que Ganso está preparado "fisicamente, tecnicamente e mentalmente". Será seu segundo jogo como titular no ano.

"Ganhei essa chance pela sequência de decisões [ante o Bolívar]. É normal que haja revezamento", disse o meia, ontem, após o treino.

O reencontro entre Ganso e Santos na própria Vila é destaque da quinta rodada do Paulista. O meia deixou o time de forma tumultuada em setembro, após tratativas entre o clube, o São Paulo e o DIS, representante do meia.

O São Paulo fez quatro propostas até acertar a compra por R$ 23,9 milhões, cifra recorde no Brasil. A saída de Ganso irritou a direção santista, que rompeu com o DIS, e revoltou os torcedores.

Na última partida pelo Santos em casa, em agosto, Ganso foi hostilizado. A torcida jogou moedas e o chamou de mercenário. Sua imagem, que ilustrava o muro do CT, foi pichada e apagada.

O Santos aprovou a restauração da pintura, ainda sem data definida para ocorrer.

"Ganso é profissional. Teve uma história bonita aqui. Não há ressentimento", disse Odílio Rodrigues, presidente em exercício do Santos.

RUMOS OPOSTOS

O duelo entre Ganso e Neymar também é aguardado com expectativa.

Ambos falaram com bom humor sobre serem rivais e até apostaram um jantar.

"É esquisito enfrentá-lo, vê-lo com uma camisa diferente. Espero que ele não jogue, que fique em casa torcendo", disse Neymar.

"Vou abraçá-lo. É um grande irmão. Espero vencê-lo, mas seria melhor que ele não jogasse", respondeu o meia.

Ganso estreou pelo Santos em 2008. Neymar, só um ano depois. Formaram a dupla de ouro do time santista. Conquistaram seis títulos, mas tiveram rumos opostos.

O meia era apontado como a estrela que conduziria o Brasil na Copa-14, papel hoje creditado a Neymar.

De 2008 para cá, Ganso colecionou números modestos em comparação com Neymar. Sofreu com seguidas lesões, inclusive nos joelhos. No São Paulo, não conquistou a titularidade em definitivo.

O atacante, por outro lado, virou artilheiro e líder do Santos. Não tem histórico de lesões, e sua ausência é sempre um problema para o time.

Na seleção, o cenário é parecido. Neymar é unanimidade. Já Ganso busca espaço. O clássico é a chance para ele reiniciar sua história.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página