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Tênis

'Tênis é um esporte muito limpo', diz Nadal

Espanhol afirma que insinuações sobre seu envolvimento com doping são estúpidas e sem fundamento

FERNANDO ITOKAZU DE SÃO PAULO

Alvo de insinuações de uso de doping, o tenista Rafael Nadal afirmou que o tênis é "um esporte muito limpo".

Em entrevista à Folha, o espanhol também considerou uma "estupidez" as declarações de Christophe Rochus no mês passado. O tenista belga disse que era suspeito Nadal conquistar Roland Garros e um mês depois dizer que não podia jogar.

Eliminado na segunda rodada de Wimbledon, ficou sete meses afastado por lesão no joelho e está em São Paulo para o Brasil Open, seu segundo torneio após a volta.

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Folha - Você sempre diz que Roger Federer é o melhor da história. Você, que já o venceu muitas vezes, é o que?
Rafael Nadal - Creio que ele é o melhor da história porque os resultados assim mostram. Tenho a sorte ou o azar de jogar na mesma época do que ele. Pude ganhar muitas vezes [18] e pude perder muitas vezes [10] também. Mas isso não muda nada. Estou feliz com minha carreira. Consegui coisas que nunca imaginei que teria.

Como você acha que vai ficar marcado na história do tênis? Como o rei do saibro?
Meus resultados no saibro são realmente muitíssimo melhores do que jamais havia sonhado. Mas analisar se sou ou não o melhor da história não cabe a mim, mas aos experts e historiadores. Meus maiores feitos foram em terra, mas consegui vencer em todas as superfícies. Ganhei os quatro grandes [Grand Slams], ganhei títulos em todos os tipos de quadra. Ao longo dos anos consegui evoluir e ser um melhor tenista.

Justamente. Não acha que chamá-lo de rei do saibro é limitar a sua carreira?
Creio que sim. Meus melhores resultados são no saibro, mas ganhei uma Olimpíada em quadra dura, um Aberto dos EUA e um Aberto da Austrália, dois Wimbledon, que é na grama. Mesmo que não tivesse vencido nada no saibro, as pessoas me considerariam um grande tenista. Mas, como consegui tanta coisa no saibro, ofusca tudo.

Quais suas lembranças do Brasil Open de 2005?
Foi um torneio muito bom, em um resort, na praia, na Costa do Sauípe. Tenho boas lembranças. Foi quando consegui meu segundo título na ATP. As pessoas eram muito alegres e muito simpáticas.

Você se lembra das quartas, quando você corrigiu uma marcação do árbitro que tinha dado uma bola a seu favor?
Era o match point, né? Depois perdi o segundo set e acabei ganhando a partida no terceiro. É o esporte, acho que o esporte tem que ser assim. Educação e honestidade são valores que servem de exemplo para os jovens. Esporte é fair play. Eu não entendo o esporte de outra maneira.

Não se incomoda com as insinuações de que você está envolvido com doping, como fez o Christophe Rochus?
Não merece nenhuma resposta alguém que fala sem ter fundamento. É uma estupidez. É injusto, mas não quero falar disso, sobre alguém que costuma falar sem ter informação e respeito pelos demais. Não merece respeito e não presto um minuto de atenção ao que ele diz.

E o doping no tênis?
O tênis é um esporte muito limpo, há poucos casos de doping, em comparação com as outras modalidades. O esporte não merece episódios como o de [Lance] Armstrong. Quem trapaceia tem que sair. Não é justo que todos paguem por alguns pecadores. O esporte saiu prejudicado com Armstrong, que era um mito e se transformou em um trapaceiro. A única forma para mudar isso são os controles públicos. É preciso divulgar quando acontecem os testes e quantos são. Eu estou aqui para passar por todos os exames e quando quiserem. Se eu tiver que fazer um por semana, vou fazê-los sem nenhum problema.


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