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Pistorius
Acusado de matar sete, investigador é afastado do caso
Detetive veterano havia dito anteontem não ver incoerências no depoimento do para-atleta
O principal investigador sul-africano foi colocado ontem no caso de Oscar Pistorius, acusado matar sua namorada, Reeva Steenkamp, na semana passada.
A decisão foi tomada depois da revelação de que o detetive que cuidava do processo é suspeito de ter matado sete pessoas em 2011.
A substituição de Hilton Botha por Vinesh Moonoo aconteceu apenas um dia depois do depoimento do investigador ter prejudicado a acusação durante a audiência que definirá se Pistorius irá responder em liberdade -a decisão ficou para hoje.
Anteontem, o então detetive do caso havia afirmado que a versão do para-atleta não apresentava nenhuma incoerência. Ele disse ter matado acidentalmente a namorada após confundi-la com um ladrão no banheiro.
De acordo com os advogados de acusação, no entanto, Pistorius teria cometido o crime depois de uma longa discussão com Reeva. Ele teria planejado o assassinato.
Em seu depoimento, Botha afirmou também que a polícia tinha deixado uma bala de 9 mm esquecida dentro do banheiro e que perdeu munições que teriam sido encontradas na casa do atleta.
O crime de que Botha é acusado aconteceu em 2011. Ele e outros dois policiais participavam de uma perseguição a um homem suspeito de matar e desmembrar uma mulher antes de jogar os pedaços de seu corpo pelo ralo.
Na tentativa de parar um carro suspeito, abriram fogo. Sete ocupantes morreram.
O caso havia sido inicialmente arquivado por não haver provas suficientes, mas foi reaberto no dia 4, dez dias antes do assassinato de Reeva.
A acusação declarou não ter conhecimento do caso e que escolheu Botha para participar da investigação de Pistorius por ele ser um profissional com mais de 20 anos de experiência na polícia.