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Feliz, Riquelme volta e causa comoção

BOCA JUNIORS Aos 34 anos, meia deve fazer hoje o 1º jogo desde que perdeu a Libertadores para o Corinthians

SYLVIA COLOMBO DE BUENOS AIRES

"Estou feli." Assim, sem pronunciar o "z" do final, Juan Román Riquelme descreveu seu estado de espírito para a provável volta aos campos hoje, pelo Boca Juniors, no estádio La Bombonera.

"Estou feliz como Riquelme" virou, nos últimos anos, uma resposta corrente na Argentina para a tradicional pergunta: "Como você vai?".

"É uma constatação concreta do quanto Riquelme é importante no imaginário nacional. O fato de ter se apropriado de uma palavra, e não de qualquer palavra, mostra como se tornou uma referência", afirma à Folha o escritor Martín Caparrós, romancista e cronista esportivo.

A volta de Riquelme é o fim da novela que começou há sete meses, quando o Boca perdeu a final da Libertadores para o Corinthians. O camisa 10 declarou que estava cansado e desmotivado, levando ao desespero a torcida.

Protestos contra os dirigentes e até uma carta ao presidente dos EUA, Barack Obama, pedindo sua intervenção foram alguns dos estratagemas da torcida para pedir a volta de seu maior ídolo.

A reestreia ante o fraco Unión, pelo Nacional, é o tema da semana do noticiário esportivo local. Riquelme, 34, disputa com Maradona o posto de ídolo máximo do clube mais popular da Argentina. Pelo Boca, ganhou três Libertadores (2000, 2001 e 2007) e seis títulos nacionais.

Com passagem irregular no futebol europeu, é na Argentina que Riquelme constrói sua fama de estrategista e contestador das autoridades.

Para o cronista esportivo Ezequiel Fernandes Moores, do "La Nación", ele é um jogador do estilo de Obdulio Varela, capitão do Uruguai no Maracanazo, em 1950.

Além de expressões, Riquelme também imortaliza gestos, como aquele em que imitava com as mãos as orelhas do personagem Topo Giggio, que usou para enfrentar Maurício Macri, então presidente do Boca e hoje prefeito de Buenos Aires.

Riquelme também fez fama disputando poder com técnicos. A mais recente vítima foi Julio Falcioni, um dos pivôs de sua saída do clube.

Hoje, o técnico é Carlos Bianchi, antigo aliado do jogador. O meia teria ajudado a articular a mudança, com uma muda pressão.

Riquelme diz que voltou porque, como torcedor, não aguentou ver o Boca perder para seu rival, o River Plate.


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