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Mancha agride atletas do Palmeiras, e clube diz que cortará privilégios

VIOLÊNCIA
Jogadores são atacados em Buenos Aires; presidente admite que dava entradas a grupos

FABIO LEITE RAFAEL VALENTE DE SÃO PAULO

As agressões de integrantes da Mancha Alviverde a jogadores do Palmeiras na manhã de ontem no Aeroparque, em Buenos Aires, após a derrota por 1 a 0 para o Tigre, pela Libertadores, abriu uma crise entre o clube e as torcidas organizadas.

Por volta das 11h, um grupo de torcedores da maior facção do clube, que pegaria um voo para São Paulo 45 minutos após o da delegação palmeirense, foi cobrar os jogadores dentro da área de embarque do aeroporto.

Em meio ao bate-boca e ao empurra-empurra com atletas e seguranças, xícaras foram arremessadas em direção ao meia Valdivia, mas estilhaços acabaram atingindo Fernando Prass. O goleiro sofreu um corte na orelha e levou três pontos na cabeça.

Segundo a Mancha, o chileno teria provocado alguns torcedores na arquibancada do estádio em Victoria, ainda antes da partida em que o time perdeu com um gol no último minuto.

O episódio foi condenado pela diretoria do Palmeiras, que havia retornado ao Brasil logo após a partida. Em nota, o presidente do clube, Paulo Nobre, chamou os torcedores envolvidos de "bandidos irracionais".

Mais tarde, em entrevista coletiva convocada às pressas, o cartola anunciou o fim do relacionamento da diretoria com as torcidas organizadas até que elas expulsem de seus quadros os agressores e os entreguem à polícia.

Nobre admitiu que as uniformizadas tinham regalias na sua gestão e suspendeu os benefícios, entre eles o privilégio na compra de ingressos em jogos no Brasil e o fornecimento gratuito de entradas para partidas no exterior.

"O que aconteceu é inaceitável e o Palmeiras não vai tolerar. Cortamos todas as regalias. Até que elas [as organizadas] tomem uma medida, não haverá diálogo. Estamos 100% com o nosso elenco", afirmou o cartola.

Há um mês e meio à frente do clube, Nobre já foi integrante de uma torcida organizada, a Inferno Verde, que nos anos 1980 se fundiu a outras uniformizadas para virar a Mancha, a maior delas.

"Na época, esse tipo de vandalismo não acontecia", afirmou o dirigente.

O cartola disse que reforçará a segurança do elenco e que não teme uma punição da Conmebol pela confusão.

"Foram fatos diferentes [dos ocorridos nesta Libertadores]. Gostaria que a Conmebol tomasse alguma atitude. Não vejo nenhum problema nisso [ser punido]".

Três torcedores foram detidos pela polícia argentina após a confusão, prestaram depoimento no aeroporto junto com Prass e o gerente de futebol, Omar Feitosa, e depois retornaram ao Brasil no início da noite.


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