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Diário argentino 'Olé' e redes sociais brincam com novo papa
DE SÃO PAULOFutebol e religião não se discutem. Mas, misturados, rendem várias piadas.
E o bem-humorado jornal esportivo argentino "Olé" não demorou para comemorar o anúncio de Jorge Mario Bergoglio como o novo papa. "La mano de dios", escreveu o diário em seu site, uma alusão ao apelido de Maradona, conquistado graças ao gol de mão contra a Inglaterra durante a campanha vitoriosa da Copa de 1986.
E o novo papa gosta de futebol: é torcedor do San Lorenzo, 12º no Argentino após cinco rodadas. Não está bem, mas não requer milagres, ainda.
Agora, para o "Olé", foi completada a "santíssima trindade": Maradona, Messi e o papa Francisco.
Nas redes sociais, brasileiros também foram ágeis nas piadas, algumas gráficas. Como a imagem de Maradona com o aviso do começo do processo de sua canonização. Ou o astro segurando o cartaz que dizia "Eu já sabia".
No Twitter, muitos comentavam o aguardado combate na Copa de 2014: Deus é brasileiro, o papa é argentino. Mas Messi joga para eles. Também pedem que o papa, em sua sabedoria, decida de uma vez por todas: quem é melhor, Pelé ou Maradona?
Curiosamente, o eterno camisa 10, que inspirou até uma igreja (Maradoniana), era brigado há tempos com o Vaticano.
Em sua biografia "Yo soy el Diego de la Gente" (2000, sem tradução ao português), o ex-jogador faz críticas à Igreja Católica. "Sim, briguei com o papa [João Paulo 2º] porque fui ao Vaticano e vi tetos de ouro. Depois escutei o papa dizer que a igreja se preocupa com as crianças pobres... Então vendam o teto, façam algo!"
Depois, continuou: "Ele [o papa] deu um rosário para minha mãe e outro para mim, que disse ser especial. Depois pedi à minha velha que me mostrasse o dela... e era igual ao meu! Eu perguntei: 'Desculpe, Sua Santidade, mas qual é a diferença entre o meu e o da minha mãe?' Ele não respondeu, só sorriu e me deu um tapa nas costas. Uma falta de respeito total!"
Segundo uma agência de notícias, Maradona disse ao seu advogado que espera ter uma audiência com o papa Francisco quando voltar à Itália.