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Comitê Médico da Fifa pede Copa no inverno
2022
Entidade discute se irá transferir datas do Mundial do Qatar para evitar calor intenso
O presidente do Comitê Médico da Fifa, Michel D'Hooghe, deu parecer favorável à mudança da Copa do Mundo de 2022 para o período de inverno do Qatar.
O belga se disse preocupado do ponto de vista médico quanto à realização da competição nos meses de junho e julho, época tradicional do Mundial, em que o país-sede costuma registrar temperaturas superiores a 40ºC.
"O problema, sem dúvida, é para a vida de todos. E é muito maior para as pessoas que estarão em torno da Copa. O público que terá de se mover de cidade para cidade e que terá de enfrentar temperaturas muito elevadas", afirmou o dirigente após encontro do Comitê Médico.
A preocupação principal com o torcedor vem do fato de o comitê organizador do Qatar ter prometido à Fifa estádios e centros de treinamento com climatização artificial e temperaturas amenas, na casa de 21ºC.
"Pessoalmente, penso que seria bom se pudermos fazer a Copa do Mundo em temperaturas melhores do que a do verão do Qatar", acrescentou.
Há duas semanas, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, admitiu que o Comitê-Executivo da entidade pode pedir a mudança do período do Mundial caso o estafe médico mostre que o clima será perigoso para o torneio.
A proposta seria transferir a Copa de 2022 para os meses de dezembro e janeiro, inverno no hemisfério norte. A ideia conta com apoio do presidente da Uefa, Michel Platini. Porém, para ser posta em prática, o calendário de competições da Europa teria de ser modificado, já que a maior parte das ligas tem jogos nessa época do ano.
Já o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, defende que o movimento de alteração da data da Copa precisa vir do próprio comitê organizador do Qatar e não da entidade máxima do futebol mundial.