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Cafuné

Píppi Meialonga

CLARICE REICHSTUL COLUNISTA DA FOLHA

Píppi Meialonga mora sozinha numa casa caindo aos pedaços, chamada Vila Vilekula.

Viver sozinha, sem nenhum adulto por perto, já passou pela cabeça de toda criança. Seja num momento de raiva com os pais, seja no meio de uma corrida pelo parque, com o vento batendo na cara, você se pergunta: "E se fosse sempre assim? E se eu não precisasse prestar conta do que eu faço ou do que eu quero para ninguém?"

É claro que as condições em que Píppi mora sozinha são perfeitamente impossíveis, afinal, além da casa só dela, ela anda com uma mala cheia de moedas de ouro, um macaco chamado Senhor Nilson e ainda tem um cavalo morando na varanda da casa.

Ninguém deixaria acontecer algo assim na vida real. O bom da literatura é que ela nos dá de tudo, do possível ao impossível. Então, criança mora sozinha, cavalo fala, açougueiro voa e pirulito nasce em árvore.

Nem nos desenhos animados a gente é tão livre assim. E pode reparar: ultimamente tudo anda tão sem graça... Para tudo tem que ter explicação, mesmo para coisas absurdas. É como se, mesmo no mundo ficcional, as regras da realidade tivessem que valer. Ou então tudo tem um padrão. Sereia, por exemplo, não pode ter cabelo verde, tem que ser loira ou ruiva sempre!

"Píppi Meialonga" (ed. Companhia das Letrinhas, R$ 34) é um marco da literatura infantil, escrito pela sueca Astrid Lindgren em 1945.


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