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"O Rei Leão" estreia no Brasil com orçamento recorde

Com custo estimado em R$ 50 milhões, versão nacional tem tradução musical de Gilberto Gil e direção da americana Julie Taymor

DE SÃO PAULO

Depois de 16 anos em cartaz nos Estados Unidos, chega a São Paulo um dos mais bem-sucedidos musicais da Broadway, o espetáculo "O Rei Leão".

Com produção milionária e enredo feito para agradar crianças e adultos, o musical da Disney ultrapassou, em abril de 2012, em Nova York, o recorde de bilheteria de "O Fantasma da Ópera".

Antes de aportar no Teatro Renault, foi encenado em 15 países e visto por 66 milhões de espectadores.

A produção nacional da peça, com Tiago Barbosa no papel principal, fez prévias durante a semana e sua estreia está marcada para hoje.

O custo, até o fim da temporada em dezembro (a data pode ser prorrogada), é estimado em R$ 50 milhões, segundo a produtora T4F, um recorde de orçamento no teatro brasileiro.

A peça segue com fidelidade o enredo da animação homônima lançada também pela Disney em 1994, com música de Elton John e letras de Tim Rice. Conta a trágica história do leãozinho Simba, filho de Mufasa, rei assassinado por seu malvado irmão.

Simba se sente responsável pela morte do pai, foge ainda criança e retorna anos depois para acertar as contas com o tio. A inspiração vem de "Hamlet", de Shakespeare.

A versão brasileira, com tradução musical de Gilberto Gil, é assinada por Julie Taymor, diretora que concebeu o espetáculo na Broadway.

Boa parte do sucesso da montagem se deve a uma pesquisa a que Taymor se dedicou logo nos primeiros anos de sua formação: o teatro de bonecos orientais, especialmente o Bunraku japonês.

Mais que um musical, "O Rei Leão" é um exuberante teatro de bonecos. Os adereços são fundamentais para transportar o espectador a uma África selvagem e cheia de animais, com cenários que somam mais de 35 toneladas.

O elenco infantil, com atores-mirins se revezando nos papéis de Simba e de sua futura namorada, a leoa Nala, é uma atração à parte.


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