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Lollapalooza 2013

Passion Pit toca segundo álbum no Lollapalooza

Vocalista faz turnê apesar de bipolaridade

LÚCIO RIBEIRO COLUNISTA DA FOLHA

É contra a vontade dos médicos que a banda americana Passion Pit vem ao Brasil para se apresentar no megafestival Lollapalooza, com o mesmo show que no mês passado lotou o gigante Madison Square Garden, em Nova York, em noite de tempestade de neve.

Duas façanhas para um grupo indie de apenas dois discos: lotar a enorme arena de Nova York e ser atração de um grande festival em São Paulo pela segunda vez em menos de três anos.

O desobediente da história é o cantor e tecladista Michael Angelakos, líder do quinteto da região de Boston, que nos últimos anos vem enfrentando seguidas crises de depressão e que foi diagnosticado tempos atrás como portador de transtorno bipolar.

Os médicos pediram que Angelakos parasse de excursionar com a banda para não correr o risco de entrar em crise longe de casa. Mas ele afirma que vai seguir em frente com a música "enquanto tiver público para ouvi-la".

"Minha condição é difícil como a de qualquer pessoa com problema de saúde. Causa dor que não desejo para meu pior inimigo. Mas o processo criativo das minhas músicas jamais foi afetado porque sou bipolar", disse Angelakos em entrevista à Folha, fugindo um pouco da questão, mas discorrendo sobre o transtorno que o persegue.

"Já era bipolar antes de escrever canções para o Passion Pit. Acho que o primeiro disco é mais sombrio e confuso. O segundo é direto e confessional. Não acho que tenham a ver com minha bipolaridade", afirma.

A banda vem ao Brasil com a turnê do álbum "Gossamer", segundo trabalho do grupo, lançado no meio do ano passado. O quinteto, que toca ainda no Rio no dia 30, um dia após a apresentação no Lollapalooza, estreou em disco com "Manners", de 2009, que fez muito barulho na cena independente e trouxe o grupo para o Planeta Terra Festival de 2010.

"Foi maravilhoso tocar no Brasil. Nos divertimos bastante, mesmo que tenha sido tudo muito rápido. A maior parte do tempo passamos confinados no quarto do hotel e só saímos para tocar. Espero que tenhamos tempo desta vez para dar umas voltas por aí", falou o vocalista.

O Passion Pit apareceu quando Angelakos gravou canções para a namorada no Valentine's Day de 2008 e ela espalhou pela universidade.

"Nossa música foi passando de mão em mão. Naquela época o MySpace tinha importância e nos ajudou a gravar o primeiro disco rapidamente", lembrou Angelakos.

Mesmo em meio às questões médicas que devem formar os tais "percalços no caminho", o vocalista vê um terceiro disco do Passion Pit pela frente, mas não agora.

"Ainda estamos focados em fazer o 'Gossamer', que levou anos para ser finalizado, ser tratado com o respeito que a gente acha que ele merece. Ele deve ter anos de shows e vídeos. Só então vamos sentar e fazer o disco três."


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