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Jovem guarda monopoliza palco na Virada

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ainda que não haja consenso quanto à própria definição de "stand-up", dois nomes do humor brasileiro que estarão no palco do gênero da Virada Cultural de 2013 apontam diferenças entre seus shows e os dos pioneiros.

Fabio Porchat, 29, do coletivo Porta dos Fundos, diz ser muito fã de Ary Toledo e da capacidade dele de ganhar o público com piadas já conhecidas. Mas diz que, "no stand-up', não se usa nenhum tipo de personagem; além disso, o texto tem que ser original."

A definição exclui boa parte do repertório de Toledo, que diz ter compilado mais de 60 mil piadas, mil delas de sua autoria.

Rafinha Bastos, 36, diz importar-se menos hoje em dia com definições ou regras que seu grupo estabeleceu quando começou a fazer shows há dez anos. "No começo, trilha sonora e efeitos de luz eram vetados. Hoje, ninguém é mais tão rígido assim."

Rafinha diz admirar os criadores de uma cultura de humor muito antiga no país, sem os quais não haveria um mercado de humor.

"Carlos Alberto de Nóbrega, Juca, Rabello, Chico, TV Pirata. Respeito muito o Ary, que faz shows pelo Brasil inteiro com um humor que, talvez, não exija tanta referência quanto um stand-up'. Talvez o conteúdo e a maneira de se colocar sejam diferentes, mas foram precursores."

O ator, diretor e humorista Fábio Silvestre, 42, que faz a curadoria deste palco específico da Virada, defende a onda de renovação no humor, para ele muito calcada na pulverização das novas mídias.

"Com o stand-up' e, principalmente, com o YouTube, uma nova geração começou a ganhar espaço; primeiro, na internet, nos bares, nos teatros, na televisão e, agora, nos cinemas."

Para ele, veteranos e novatos poderiam conviver num evento como a Virada Cultural, mas em palcos diferentes.

"Qualquer tipo de humor é bom. Se fosse um palco de humor em geral, eles estariam lá. Ficaria felicíssimo de ter esses caras por lá", diz Porchat.


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