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Só 1/4 acha que ingresso será mais barato

Segundo Datafolha, 68% dos paulistanos consideram hoje as entradas de espetáculos de SP caras ou muito caras

Entre os entrevistados, 34% dizem que essas atividades ficarão ainda mais caras --mais de 50% deles têm carteira

CASSIANO ELEK MACHADO DE SÃO PAULO

Os ingressos de espetáculos em São Paulo são considerados caros ou muito caros por 68% dos paulistanos ouvidos pelo Datafolha. E só um quarto deles avalia que os preços dos bilhetes irão cair caso um dos projetos em lei atualmente no Congresso venha a ser aprovado.

Entre os entrevistados, 35% acreditam que, se aprovadas, as leis que limitam a 40% a meia-entrada nas bilheterias de eventos culturais e esportivos não trarão mudanças nos valores cheio dos ingressos.

Outros 34%, cuja metade tem hoje carteira de estudante, opinam que as entradas para essas atividades ficarão ainda mais caras.

Produtores culturais e empresários ouvidos em recentes reportagens da Folha sobre a meia-entrada declararam que o atual preço dos ingressos é inflacionado por causa do excesso de vendas com o desconto.

O preço do ingresso para um dia do festival Rock in Rio, por exemplo, custava R$ 92 (valores corrigidos) em 2001, e sai por R$ 260 para a edição de 2013, marcada para setembro. "Hoje se pratica um preço falso'", declarou o ator Odilon Wagner, presidente da Associação de Produtores Teatrais Independentes.

"Se quero ter um tíquete médio de R$ 100 no meu bolso, cobro do consumidor R$ 200 porque sei que praticamente todos do público são estudantes", diz Leo Ganem, presidente da Geo Eventos.

Evaristo Martins de Azevedo, ex-presidente da comissão de Direito às Artes da OAB-SP, teme que, com essas novas regras, os consumidores fiquem reféns da suposta transparência de bilheteiros.

"O público pode ficar sem saber se o limite de meias-entradas foi realmente atingido. Além disso, não se pode restringir os direitos do idoso à meia-entrada e eu acho dificílimo que os preços caiam em razão desse limite."

À reportagem, consumidores de São Paulo avaliam que o alto índice de meia-entrada nas bilheterias de eventos é incrementado pela falsificação de carteiras de estudantes.

Apenas 3% dos entrevistados pelo Datafolha disseram que já usaram um documento falso para este fim, com maior incidência entre aqueles que declaram ter ensino superior e renda familiar acima de dez salários mínimos.

Quando a questão é "alguém com quem você convive ou tem amizade já usou carteira de estudante falsificada para pagar meia-entrada", a resposta positiva sobe para 15% dos entrevistados.

A falsificação do documento é considerada "moralmente errada" pela maioria absoluta (93%) dos entrevistados, sendo que 3% não consideram esta uma questão moral e outros 3% defendem que o ato é aceitável.


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