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Geração do autor renovou cena argentina

DE BUENOS AIRES

Rodolfo Fogwill faz parte da geração que renovou a literatura argentina pós-Borges e Cortázar. Ao lado de Cesar Aira, Ricardo Piglia e Juan José Saer, marcou uma nova fase nas letras do país vizinho.

"São autores que discutem o realismo. Fogwill misturava isso com uma atitude contestatória com relação à classe média progressista argentina, seus valores e modo de ver a vida", diz o crítico e editor Damián Tabaróvsky.

Para ele, essa veia está mais exposta em "Os Pichiciegos", que escreveu em seis dias, logo após o fim da Guerra das Malvinas, e que trata da ilusão dos militares e da sociedade argentinas na recuperação das ilhas, por meio da história de um grupo de soldados desertores.

Essa característica também se encontra em seus contos e ensaios. "Nos últimos anos antes de morrer, havia sido descoberto pela nova geração, que o lê e o admira e hoje o tem como referência. Se tivesse vivido seis ou sete anos mais, teria tido um reconhecimento muito maior, dentro e fora da Argentina", afirma Tabaróvsky.

Entre as obras mais importantes de Fogwill, estão "Vivir Afuera" e "Muchacha Punk". O escritor também se dedicava ativamente a oficinas literárias, nas quais interagia com jovens autores.

Fumante inveterado, foi vítima de vários efeitos do cigarro, desde uma deformação no rosto até o enfisema que terminou matando-o de forma relativamente precoce.


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