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Crítica

Filme "Sagrado Segredo" retoma elementos caros a seu diretor

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

Há elementos que quase sempre retornam nos filmes de André Luiz Oliveira. Mas voltam sempre novos, de outra maneira.

A ideia de sagrado, a fé, são os elementos óbvios, centrais, de "Sagrado Segredo" (Canal Brasil, 16h25): trata-se de registrar, aqui, a encenação da Paixão de Cristo em Planaltina, Distrito Federal.

A isso André Luiz acrescentará a desrazão, outro tema chave de seu cinema (lembrar seu "Louco por Cinema"), representada, no caso, pela obsessão do diretor que está realizando o documentário.

A mística redobra-se assim: é também fé na imagem, essa imagem que busca o real como a fé busca seus deuses.

A notar, ainda hoje na programação de TV: o notável "Cosmopolis" (TC Premium, 22h), de Cronenberg.


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