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Crítica - Novela

Remake de 'Saramandaia' tem elenco muito bem escolhido

VERA MAGALHÃES EDITORA DO "PAINEL"

A Globo aproveitou os protestos em todo o Brasil para atualizar a trama de "Saramandaia", exibida pela primeira vez em 1976 e baseada no realismo fantástico, gênero em baixa nas tramas atuais. O remake estreou anteontem.

Frases de efeito usadas na passeata das últimas semanas foram rapidamente transpostas para os personagens de Leandra Leal (Zélia) e André Bankoff (Pedro), que comandam os "revolucionários" que querem mudar o nome da cidade de Bole-Bole, um daqueles microcosmos do Brasil das novelas de Dias Gomes (1922-1999), para Saramandaia.

Outro fator que contribui positivamente para o "aggiornamento" da história é a evolução dos efeitos especiais e da maquiagem nos 37 anos que separam as duas versões.

Embora ainda seja uma história surrealista, a tecnologia atual permite fazer com que José Mayer verta formigas pelo nariz ou Marcos Palmeira ressuscite após literalmente quase botar o coração pela boca de forma mais verossímil.

Um trunfo inegável do primeiro capitulo foi o fato de Ricardo Linhares (autor da nova versão de "Saramandaia"), colaborador durante anos de Dias Gomes e, mais tarde, de seu "herdeiro" Aguinaldo Silva, ter mantido o texto cheio de neologismos divertidos, como "desmorrer" e "saramandalhas".

Por fim, o elenco foi muito bem escolhido. Vera Holtz está irreconhecível como Dona Redonda, Matheus Nachtergaele sempre preciso em papéis mais teatrais e Lilia Cabral é um alívio de beleza natural diante do império do botox na telinha da emissora.


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