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Elizeth Cardoso canta Jobim e Vinicius de Moraes em LP de 1958

Livro-CD da coleção devolve 'Canção do Amor Demais' às bancas no domingo (28)

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma cantora aprendeu as composições de uma dupla ainda não consagrada e marcou o início de uma grande transformação da música popular do Brasil. Ela era Elizeth Cardoso, que, em dezembro de 1957, gravou "Canção do Amor Demais".

O disco está no volume 17 da Coleção Folha Tributo a Tom Jobim, que vai às bancas no próximo domingo, dia 28.

Elizeth aprendeu as nove letras da dupla Tom-Vinicius --mais duas só de Vinicius e outras duas só de Tom-- no apartamento deste, em Ipanema. O álbum foi produzido por Tom e trazia, ainda, o violão de João Gilberto e sua revolucionária batida de bossa nova em duas faixas: "Chega de Saudade", que abre o disco, e "Outra Vez".

Pela presença daquela que viria a ser considerada a "santíssima trindade da bossa nova" --Tom-Vinicius-João--, alguns consideram o disco, lançado em agosto de 1958, um dos possíveis marcos iniciais da bossa nova, ainda que não seja estritamente um álbum de bossa nova.

Na verdade, as 13 faixas passeiam por valsa, modinha, samba-canção e até um baião, "Vida Bela".

Àquela época, Elizeth já era ela mesma reconhecida como uma grande intérprete de samba-canção --ao lado de nomes como Jamelão, Maysa, Nora Ney, Nelson Gonçalves, Dolores Duran, Linda Batista, Tito Madi, Dalva de Oliveira e Dick Farney--, mas não havia gravado ainda um disco que lhe fizesse jus.

Como relembra o livro da coleção, escrito pelo jornalista especializado em música popular Lauro Lisboa Garcia, Vinicius via em Elizeth a cantora mais adequada para receber aquele repertório.

E ela cantou, magistralmente, temas como "Modinha", As Praias Desertas", "Estrada Branca" --apontada por muitos como a gravação mais bela do disco--, "Luciana" e "Canção do Amor Demais", em arranjo camerístico requintado, com violinos, flautas, trompa, fagote e harpa.


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