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Crítica - Drama
'Os Sabores do Palácio' ganha força com a atriz Catherine Frot
SÉRGIO ALPENDRE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA"Os Sabores do Palácio", de Christian Vincent, começa no arquipélago de Crozet, na Antártida, onde Hortense Laborie (Catherine Frot, de "Ao Lado da Pianista"), uma imponente chef de cozinha que há havia trabalhado para o presidente da França, inicia sua nova jornada de trabalho.
Voltamos, então, quatro anos, quando Hortense é chamada para ser a cozinheira pessoal do presidente.
No palácio do governo, ela aprende o protocolo e os caminhos do local, é apresentada a seu assistente, Nicolas Bauvois (Arthur Dupont, de "Além do Arco-Íris"), e logo começa a trabalhar, enfrentando o machismo dos demais trabalhadores da cozinha.
A narrativa alterna os dois tempos, com preferência ao período parisiense.
Vemos Hortense dentro de universos predominantemente masculinos, seja em Paris ou em Crozet.
"Os Sabores do Palácio" é baseado na história de Danièle Deupelch, que durante algum tempo foi cozinheira de François Mitterrand, presidente do partido socialista.
Vincent omite esse contexto histórico (e também o nome do presidente) para se concentrar no percurso de Hortense. Sua direção é convencional. São os atores que dominam o filme.
Inicialmente retratada como uma mulher arrogante e difícil, Hortense vai se mostrando simpática e carismática. É uma mulher de personalidade forte, que se mostra sensível aos diferentes contextos em que trabalha; um papel interpretado com talento por Catherine Frot.